O dólar era negociado em alta contra o real hoje (15), acompanhando o desempenho da moeda contra outras divisas arriscadas em dia de cautela sobre a assinatura do esperado acordo comercial entre Estados Unidos e China.
Apesar de significar um grande passo para o fim das tensões comerciais prolongadas entre as duas maiores economias do mundo, o acordo ainda não melhorou completamente a moral dos investidores, que seguem ansiosos sobre a permanência de tarifas e a falta de soluções para alguns problemas centrais entre Washington e Pequim.
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“O acordo deixará tarifas em vigor em quase dois terços das importações da China até a eleição norte-americana em novembro”, explicou em nota a XP Investimentos, destacando a cautela antes da assinatura. “Além disso, não foi definido tempo adicional para novas negociações, deixando investidores desconfortáveis com as futuras relações entre as maiores economias do mundo.”
Com os mercados em modo de espera, o dólar tinha leve queda contra outras divisas importantes e ganhava contra algumas moedas arriscadas, como a lira turca e o dólar australiano.
No cenário doméstico, as vendas varejistas no Brasil mantiveram o ritmo positivo em novembro pelo sétimo mês seguido com impulso da Black Friday, porém em resultado abaixo do esperado. Segundo o IBGE, o volume de vendas no varejo teve em novembro alta de 0,6% em relação a outubro, bem abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 1,1%.
“Tanto as vendas no varejo quanto a produção industrial, os indicadores mais recentes, têm mostrado que há pouca consistência no processo de recuperação da economia brasileira, o que atrapalha um pouco os mercados locais”, disse Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais.
Às 10:15, o dólar avançava 0,72%, a R$ 4,1609 na venda. O dólar futuro de maior liquidez ganhava 0,63% nesta quarta-feira, a R$ 4,162.
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