A Petrobras aprovou a hibernação da fábrica de fertilizantes de sua subsidiária Araucária Nitrogenados (ANSA) no Paraná, o que segundo a companhia resultará na demissão de 396 empregados da unidade.
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A decisão vem após esforços da empresa para vender o ativo, que vem apresentando recorrentes prejuízos desde que foi adquirido, em 2013, disse a estatal em comunicado emitido hoje (14).
A unidade gerou perdas de cerca de R$ 250 milhões entre janeiro e setembro de 2019, enquanto previsões para 2020 indicavam que o resultado negativo poderia superar R$ 400 milhões, afirmou a Petrobras.
“No contexto atual de mercado, a matéria-prima utilizada na fábrica (resíduo asfáltico) está mais cara do que seus produtos finais (amônia e ureia)”, disse a empresa.
A Petrobras iniciou processo de desinvestimento da unidade há mais de dois anos, mas negociações com a companhia russa Acron Group foram encerradas sem a efetivação da venda, conforme divulgado ao mercado em novembro passado.
“A fábrica permanecerá hibernada em condições que garantam total segurança operacional e ambiental, além da integridade dos equipamentos”, disse a companhia.
A decisão de hibernar a fábrica, ressaltou a Petrobras, está alinhada com o posicionamento estratégico de sair integralmente do negócio de fertilizantes.
A companhia tem atualmente seu foco voltado completamente para a exploração e produção de petróleo e gás em águas profundas e ultraprofundas, na busca por maior retorno financeiro e melhora na alocação de capital.
DESLIGAMENTOS
A Petrobras informou que os empregados que serão desligados receberão, além das verbas rescisórias legais, um pacote adicional.
Dentre os benefícios propostos, estão um valor monetário de R$ 50 mil a R$ 200 mil, proporcional à remuneração e ao tempo trabalhado; manutenção de plano médico e odontológico, benefício farmácia e auxílio educacional por até 24 meses, além de uma assessoria especializada de recolocação profissional.
A empresa pontuou que a ANSA se reuniu nesta terça-feira com o sindicato para tratar do tema.
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Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou que a decisão da empresa de hibernar a fábrica surpreendeu os trabalhadores da unidade e que planeja abrir negociações com a diretoria da empresa para garantir direitos dos empregados.
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