O Itaú Unibanco, maior banco em ativos do país, teve alta de 12,6% no lucro do quarto trimestre, principalmente por conta do crescimento do crédito ao consumidor, das comissões do banco de investimento e das taxas de administração de fundos.
O banco informou ontem (10) que teve lucro líquido recorrente, que exclui itens únicos, de R$ 7,296 bilhões no quarto trimestre, em linha com a estimativa de consenso dos analistas compilado pela Refinitiv, de R$ 7,242 bilhões.
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Ainda assim, o retorno sobre o patrimônio do banco, uma medida de rentabilidade, chegou a 23,7%, acima da expectativa dos analistas de 22,4%.
Apesar do lucro crescente, o Itaú reduziu o percentual de lucro distribuído aos acionistas, para 66,2%, de 87,2%, somando R$ 18,8 bilhões.
Embora o crescimento da carteira de empréstimos tenha acelerado no trimestre para 2,6%, impulsionado por crédito ao consumidor, o banco registrou maiores perdas em empréstimos corporativos, principalmente em suas unidades no Chile e na Colômbia.
As provisões para perdas com operações de crédito aumentaram 70,1% em relação ao ano anterior, para R$ 5,811 bilhões.
O Itaú Unibanco também aproveitou para reforçar as provisões após registrar ganhos extraordinários com o aumento da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), seguindo movimentos semelhantes dos rivais Bradesco e Santander Brasil.
A receita de tarifas e os ganhos com seguros aumentaram 11,9% em relação ao ano anterior. As taxas de administração de fundos e as comissões do banco de investimento compensaram uma concorrência mais acirrada nos negócios de pagamentos de empresas novatas no mercado, como PagSeguro e StoneCo.
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O banco também se beneficiou de um setor financeiro que enfrenta a chegada de inúmeros novos participantes. O Itaú registrou um ganho extraordinário de quase R$ 2 bilhões depois que a maior corretora digital do Brasil XP, na qual o Itaú possui uma participação minoritária, listou suas ações na Nasdaq em dezembro.
O Itaú também disse que sua carteira de empréstimos deve crescer entre 8,5% e 11,5% este ano, em linha com o crescimento de 10,9% em 2019, apesar da recuperação econômica do Brasil.
A instituição também vê despesas com perdas em empréstimos aumentando para entre R$ 18,5 bilhões e R$ 22 bilhões, ante R$ 18 bilhões no ano passado.
O presidente-executivo, Candido Bracher, discutirá os resultados do banco em teleconferências com jornalistas e analistas na manhã de hoje (11).
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