A Suzano divulgou hoje (12) lucro líquido de quarto trimestre de 2019 dentro do esperado pelo mercado, uma queda de 61% sobre o mesmo período do ano anterior gerada por queda no preço da celulose.
A companhia, que também produz papel, teve lucro líquido de R$ 1,175 bilhão de outubro a dezembro, ante expectativa média de analistas compilada pela Refinitiv de R$ 1,77 bilhão.
Já o resultado operacional da companhia medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 2,465 bilhões, também próximo à média das previsões, de R$ 2,439 bilhões.
Na comparação com o quarto trimestre de 2018, o Ebitda da Suzano mostrou queda de 31%. “A redução é explicada principalmente pelo menor preço líquido da celulose em dólares (36%)”, disse a Suzano no balanço.
Os preços da celulose despencaram no ano passado em meio ao excesso de estoques na cadeia mundial, que obrigou a Suzano a anunciar, em novembro, estratégia para vender ativos florestais e cortar investimentos. A companhia anunciou em dezembro plano de investimento de R$ 4,4 bilhões para este ano ante total revisado para baixo de R$ 5,7 bilhões em 2019.
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Na comparação com o terceiro trimestre, o Ebitda ajustado subiu 3%, por conta de maior volume de celulose vendido (15%) e da alta do dólar, que compensaram redução no preço da celulose.
O custo caixa de produção de celulose da Suzano no quarto trimestre, excluindo efeito de parada de manutenção de fábrica, foi de R$ 631 por tonelada, redução de 4% ante os três meses imediatamente anteriores e queda de 3% no comparativo anual. No ano, o custo subiu 7%, para R$ 663 a tonelada.
A rival Klabin divulgou na semana passada custo caixa de produção de celulose de R$ 687 por tonelada, queda de 2% sobre um ano antes. Na ocasião, a empresa afirmou que espera implementar reajuste menor que os US$ 20 por tonelada anunciados para a celulose vendida na China.
A Suzano deve comentar sobre a situação global de estoques e preços da celulose amanhã (11), durante encontro com analistas e investidores em São Paulo.
A companhia encerrou 2019 com dívida líquida sobre Ebitda ajustado de 5 vezes em reais, alta ante nível de 4,7 vezes ao final de setembro. Em dólares, a alavancagem passou de 4,3 vezes para 4,9 vezes.
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