A empresa de concessões de infraestrutura anunciou hoje (5) que teve lucro comparável de R$ 499,2 milhões no quarto trimestre, queda de 3% sobre um ano antes, refletindo maiores despesas com amortização, à medida que se aproxima o fim das concessões da NovaDutra e RodoNorte.
Em termos líquidos, a CCR teve lucro de R$ 392,6 milhões, ante prejuízo de R$ 307 milhões um ano antes, quando o resultado havia refletido despesas extraordinárias devido a um acordo de leniência.
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Já o desempenho operacional da CCR de outubro a dezembro do ano passado, medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) na mesma base, subiu 19,6% ano a ano, a R$ 1,63 bilhão. A margem Ebitda subiu 2,8%, para 63,9%.
A melhora do resultado refletiu principalmente o desempenho operacional, com o tráfego das estradas administradas pela CCR crescendo 3% ano a ano, o que ajudou a dar impulso de 18,4% na receita líquida, para R$ 2,645 bilhões.
Incluindo a entrada em vigor da concessão da ViaSul, no Rio Grande do Sul, o aumento do tráfego foi de 7,8%.
De acordo com Marcos Macedo, gestor de relações com investidores da CCR, a queda no lucro deveu-se à proximidade do fim das concessões da NovaDutra (fevereiro de 2021) e da RodoNorte (novembro de 2021). Por critérios contábeis previstos no IFRS, a amortização de ativos acelera no final das concessões.
“Esse impacto deve se prolongar por mais alguns trimestres”, disse Macedo.
Juntamente com os resultados, a CCR anunciou planos de investimentos de R$ 2,3 bilhões em 2020, aumento de 35% sobre 2019, com boa parte desses recursos indo para as concessões rodoviárias RodoNorte e ViaSul, além da operação do aeroporto de San José, na Costa Rica.
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Segundo Macedo, a companhia avalia participar das licitações para concessão das rodovias federais BR-163, BR-153, BR-381 e BR-262, além da própria Dutra. A CCR também deve participar da concorrência para concessão das linhas 8 e 9 do metrô de São Paulo, assim como do leilão para concessão de 22 aeroportos federais.
Para financiar a participação em eventuais novos projetos, a CCR deve usar o mercado doméstico de dívida, disse o executivo. A empresa fechou 2019 com relação dívida líquida/Ebitda de 2,4 vezes, ante 2,8 vezes um ano antes. A exposição líquida de dívida em moeda estrangeira da CCR é de US$ 22 milhões.
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