A escalada das ações brasileiras, combinada com um valor gigante de ofertas de ações ajudaram a impulsionar as receitas da B3 no quarto trimestre, embora a última linha do resultado tenha ficado pouco abaixo das previsões.
A operadora brasileira de infraestrutura de mercado informou ontem (5) que teve lucro recorrente de R$ 864,5 milhões no quarto trimestre, aumento de 20,9% sobre um ano antes. O número, porém, veio abaixo da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de R$ 948,8 milhões. Em termos líquidos, o lucro cresceu 25,7%, para R$ 732,9 milhões.
LEIA MAIS: B3 anuncia redução e simplificação de tarifas
O desempenho foi diretamente influenciado pelo boom do mercado acionário doméstico no período, segmento que gera quase metade das receitas da empresa. Numa mão, as ofertas de ações (IPOs e follow-ons) somaram mais de R$ 32 bilhões. Na outra, o valor bursátil das companhias listadas na B3 no fim de 2019 havia subido 38% em 12 meses.
Assim, a receita líquida de outubro a dezembro somou R$ 1,58 bilhão, um aumento de 20,2% ano a ano.
Já o resultado operacional da B3 medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 1,18 bilhão, aumento de 29,1% ano a ano. A previsão média dos analistas para esta linha era de R$ 1,145 bilhão. A margem Ebitda recorrente subiu 5,2 pontos percentuais, para 74,7%.
As receitas financeiras atingiram R$ 134,3 milhões, alta de 10%, explicada principalmente pelo aumento do caixa médio.
Enquanto isso, as despesas ficaram estáveis em R$ 656,6 milhões. O ponto negativo foi o aumento de 15% nas despesas ajustadas, a R$ 311,8 milhões, refletindo principalmente gastos com pessoal.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.