A mineradora Vale acordou com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) um aporte de R$ 50 milhões para contribuir com a reconstrução do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, destruído por um incêndio de grandes proporções em 2018, disseram hoje (4) a instituição de ensino e a empresa à Reuters.
O aporte, que virá da Fundação Vale, está previsto em um projeto de cooperação técnica, a partir de uma parceria entre Vale, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a universidade.
Para a execução do acordo, foi implementada uma estrutura de governança, incluindo a criação de um comitê executivo com a participação das três instituições e um membro independente para assegurar execução eficiente, transparente e responsável dos recursos.
Em agosto do ano passado, a Reuters havia antecipado que a mineradora estava em negociação para contribuir com a recuperação do patrimônio, após o trágico incêndio.
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Em um primeiro momento, segundo a UFRJ, a Vale empenhará R$ 13,8 milhões para a realização dos projetos de arquitetura, de conteúdo e de museografia, a certificação de sustentabilidade ambiental, e outras ações, como as obras de recuperação dos bens integrados, atividades educativas e de mobilização social.
“Vencida esta etapa, poderemos avançar com a apresentação dos projetos nos mecanismos de incentivo fiscal à cultura e na captação de recursos privados incentivados para a reconstrução”, disse em nota o diretor-presidente da Fundação Vale, Hugo Barreto.
À Reuters, o professor do Instituto de Economia da UFRJ, João Ferraz, ressaltou que os valores da Fundação Vale entrarão quando necessários, uma vez que eles são recursos de “bastante flexibilidade”.
“São os projetos que vão demandar os recursos e não o contrário”, disse Ferraz, que também é membro suplente do Comitê Executivo do Projeto Museu Nacional Vive UFRJ.
Segundo o professor, além da verba da Vale, o museu contará ainda com recursos de Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Ministério da Educação (MEC) e Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em 2018, o Museu Nacional pegou fogo após um curto circuito em um aparelho de ar condicionado. As chamas se alastraram rapidamente e destruíram total ou parcialmente boa parte do acervo que contava com peças nacionais e internacionais.
A previsão é que as obras da fachada estejam prontas em 2022 e a reconstrução plena do museu em 2025.
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