A Abbott afirmou hoje (15) que vai começar a despachar um novo teste sanguíneo de detecção de coronavírus que poderá dizer se a pessoa foi contaminada alguma vez pelo patógeno e que planeja acelerar a produção do dispositivo para 20 milhões de unidades por mês até junho.
O teste ajuda a identificar anticorpos em pessoas infectadas e que tiveram apenas sintomas moderados ou nenhum problema advindo da infecção. Isso o torna diferente de testes atuais que exigem bastões nasais para confirmar uma infecção ativa.
Testes de anticorpos são considerados um potencial divisor de águas na batalha para conter infecções e oferecem a chance de fazer a economia ser reativada ao identificar pessoas que podem ter imunidade ao vírus e que por isso podem voltar ao trabalho.
O teste da Abbott está sendo lançado sob exigências flexibilizadas pela agência de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA), o que permitirá a distribuição de alguns antes de receberem liberação regulatória.
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A companhia espera enviar cerca de um milhão de testes nesta semana para hospitais e laboratórios dos EUA e despachar um total de quatro milhões em abril.
O teste da Abbott identifica o anticorpo IgG, proteína que o corpo produz nos estágios mais adiantados da infecção e que pode continuar no corpo por meses e possivelmente anos depois que uma pessoa se recuperou.
A empresa afirmou também que vai continuar trabalhando para expandir os testes para serem capazes de detectar o anticorpo IgM, produzido pelo corpo poucos dias depois da infecção.
A Abbott já conseguiu autorizações dos EUA para dois kits de teste de coronavírus: um teste automatizado que pode ser usado em laboratórios e um que pode dar resultados em minutos e ser usado por médicos em consultórios, clínicas e hospitais.
O analista Larry Biegelsen, da Wells Fargo, afirmou que o teste de anticorpos pode representar uma receita adicional mensal de cerca de US$ 100 milhões para a empresa até junho, se cada um tiver preço de cerca de US$ 5 a US$ 6. (Com Reuters)
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