O dólar fechou em apenas leve alta ante o real, mas suficiente para cravar nova máxima recorde nominal hoje (2), em novo dia de fortalecimento global da divisa diante da iminência de uma recessão global.
Ainda que tenha se afastado das máximas do dia, perto de R$ 5,29, o mercado não conseguiu imprimir vendas a ponto de derrubar a cotação. A demanda por dólares segue forte no Brasil e no mundo diante da necessidade das empresas de levantar caixa para fazer frente à recessão global. No Brasil, o fluxo cambial apenas em março até dia 27 é negativo em quase US$ 6 bilhões, evidência da menor oferta de moeda no país.
“O dólar vai permanecer forte”, disse Rodrigo Franchini, sócio e chefe de produtos da Monte Bravo. Segundo ele, devido à crise do coronavírus e à esperada contração da economia neste ano, o valor “justo” para a divisa se encontra entre R$ 5,10 e R$ 5,20.
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Outras instituições financeiras também veem o dólar na casa de R$ 5 nos próximos meses. O Bank of America revisou de R$ 4,80 por dólar para R$ 5,20 sua estimativa para a taxa de câmbio ao término de 2020, mesmo acreditando que o BC continuará intervindo no mercado para conter volatilidade e distorções.
No fechamento da sessão no mercado interbancário nesta quinta, o dólar teve variação positiva de 0,09%, a R$ 5,2661 na venda. Durante os negócios, foi a R$ 5,2860, nova máxima recorde intradiária.
Na B3 – em que as operações com dólar futuro se estendem até às 18h -, o contrato mais líquido de dólar futuro tinha ganho de 0,29%, a R$ 5,2745, às 17h31, após bater R$ 5,2935.
O dólar tinha firme alta ante euro (+0,9%), rand sul-africano (+1,4%), franco suíço (+0,8%) e iene japonês (+0,7%).
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