O dólar tinha queda acentuada contra o real hoje (7), indo abaixo de R$ 5,20 em meio a esperanças de que a pandemia de coronavírus possa estar recuando na Europa e em algumas regiões dos Estados Unidos, enquanto a permanência do ministro da Saúde do Brasil em seu cargo impulsionava o sentimento.
O número total de casos confirmados de Covid-19 na Itália teve o menor aumento diário desde 17 de março ontem (6), ressaltando as esperanças de que a doença possa estar recuando graças a uma quarentena nacional introduzida em 9 de março.
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Enquanto isso, nos Estados Unidos, os governadores de Nova York e Nova Jersey disseram que seus Estados, epicentros da doença no país, estão mostrando sinais iniciais de um “achatamento” do surto.
“Os números que chegam da Europa e dos Estados Unidos, relativos ao crescimento dos infectados com o novo coronavírus estão cada vez menores”, disse a Corretora Empiricus em post no Twitter. “Essa notícia tem injetado uma boa dose de ânimo nos mercados.”
No exterior, a onda de esperança impulsionava divisas arriscadas contra o dólar, enquanto as bolsas europeias e os futuros de Wall Street operavam em alta.
Enquanto isso, no Brasil, ontem, notícias de que o presidente Jair Bolsonaro teria decidido demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, elevaram as incertezas sobre como o país trataria a crise de saúde.
No entanto, ao final do dia, após reunião ministerial, Mandetta confirmou a permanência no cargo, encerrando um dia de especulações em meio à disputa relacionada à estratégia para combater a Covid-19.
“A manutenção de Mandetta no cargo deve deixar os investidores mais aliviados e sustentar o bom humor externo”, completou a Empiricus.
Às 10:25, o dólar recuava 1,69%, a R$ 5,2022 na venda, depois de ter chegado a R$ 5,1839. O dólar futuro de maior liquidez tinha queda de 1,57%, a R$ 5,213.
Na véspera, o dólar interbancário fechou em queda de 0,64%, a R$ 5,2918 na venda.
Mas a recuperação dos mercados não significa o fim da incerteza, segundo a Levante Investimentos. “Esse otimismo tem de ser visto com um grama de cautela”, afirmou em nota. “Os líderes europeus permanecem em desacordo sobre como atenuar as consequências econômicas da pandemia. (…) Outra preocupação econômica é a velocidade com que será possível extinguir os bloqueios e “religar” a economia.”
Entre a pandemia de coronavírus, ruídos políticos, juros mais baixos e falta de investimento estrangeiro, o dólar já acumula alta de quase 30% contra o real em 2020.
O banco central ofertará até 10 mil swaps cambiais tradicionais neste pregão, com vencimento em outubro de 2020 e janeiro de 2021, para rolagem de contratos já existentes.
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