Sempre se autoavaliando na liderança da corrida global pela busca de uma vacina contra o coronavírus, o Reino Unido admitiu hoje (26) ser “improvável” que um anúncio efetivo ocorra em 2020. Em uma entrevista à rede de televisão “Sky”, o secretário de Estado, Dominic Raab, que está no comando do país, disse que a fabricação de uma vacina ainda “levará tempo”.
Raab substitui o primeiro-ministro Boris Johnson, que está se recuperando em sua casa de campo de Chequers, depois de ter sofrido complicações em decorrência da Covid-19, chegando a ficar três dias sob cuidados em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). O premiê britânico é o único líder mundial que revelou ter sido contaminado pela doença e, no total, permaneceu sete dias no hospital, após ter se autoisolado no Número 10 de Downing Street, o endereço oficial do governo local. Ontem (25), a imprensa britânica disse que ele pretendia retomar o cargo a partir de amanhã (27).
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O secretário de Estado, que também é o ministro das Relações Exteriores, salientou que a vacina será vital para as “múltiplas ondas” do vírus, mas que “dificilmente virá este ano”. “O teste de anticorpos é importante porque pode dizer se você teve o vírus. Também há o teste de mucosa, que diz se você tem o vírus atualmente. Estamos analisando todas essas medidas para gerenciar e tentar acabar com o coronavírus”, afirmou à TV.
Na corrida por uma vacina, que costuma levar anos para ser desenvolvida, os cientistas têm trabalhado de forma acelerada para encontrar um resultado em meses para acabar com a doença, que já matou cerca de 200 mil pessoas em todo o mundo. No início do mês, pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, disseram estar “80% confiantes” de que um novo medicamento funcionará e que poderia levar apenas “algumas semanas” para ser indicado como tal. Há expectativa de que os resultados de um trabalho feito com voluntários sejam anunciados em torno de setembro. (Com Agência Estado)
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