Setenta e oito integrantes da lista publicada por FORBES em 2016 deixaram de fazer parte do seleto rol de bilionários em 2017 – o menor número de quedas desde 2013. A volatilidade do mercado chinês de ações varreu 33 bilionários da lista, mais do que qualquer outro país. Sete norte-americanos passaram de bilionários para milionários. Isso inclui o herdeiro da Coca-Cola Summerfield Johnston Jr., o chairman emérito da Cisco John Morgridge e o chairman da companhia de vestuário Buckle Daniel Hirschfeld.
O patrimônio que registrou a maior perda foi o de Elizabeth Holmes, fundadora e CEO da Theranos, companhia fundada em 2013 com a promessa de revolucionar o mercado de exames diagnósticos. Sua fortuna caiu de US$ 3,6 bilhões para zero. Em 2016, Elizabeth foi alvo de uma investigação federal sob acusação de não entregar o que prometia. Em caso de liquidação da empresa, os investidores que detêm as ações preferenciais serão pagos antes de Elizabeth (dona de ações ordinárias), tornando sua participação inútil.
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Outros nove bilionários foram eliminados já que suas fortunas são compartilhadas com integrantes de suas famílias. Entre eles, estão Jonathan Harmsworth, herdeiro do jornal “Daily Mail”, e Lee Man Tat, herdeiro do maior produtor mundial de molhos chineses, o grupo Lee Kum Kee, em Hong Kong.
Veja na galeria de fotos 4 ex-bilionários que viram suas fortunas diminuírem entre 2016 e 2017 e deixaram de fazer parte da lista:
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Hung Yau Lit
País: China
Fortuna em 2016: US$ 1,3 bilhão
Fortuna em 2017: US$ 745 milhões
As ações de Hung na Regina Miracle International caíram 45% no período de um ano. Fornecedor de sutiãs e roupas íntimas para Victoria’s Secret e Calvin Klein, a empresa foi prejudicada pela pouca demanda de seu maior cliente: a L Brands. Outro fator que contribuiu para a queda: a Regina Miracle vai mover sua base de manufatura de Shenzhen, na China, para o Vietnã, desacelerando, assim, a produção.
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Femi Otedola
País: Nigéria
Fortuna em 2016: US$ 1,8 bilhão
Fortuna em 2017: US$ 275 milhões
Otedola, que possui 79% das ações da Forte Oil, teve parte de sua fortuna perdida quando as ações caíram 83% no ano passado. Seu patrimônio caiu mais uma vez quando a moeda nigeriana desvalorizou-se 37% em relação ao dólar. O nigeriano já passou por algo parecido: depois de se juntar à lista de bilionários, em 2009, ficou fora dela no ano seguinte por causa da alta dívida e da baixa no comércio de petróleo.
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Naruatsu Baba
País: Japão
Fortuna em 2016: US$ 1,2 bilhão
Fortuna em 2017: US$ 690 milhões
Baba entrou cedo no mercado de jogos para celular quando fundou, em 2008, aos 30 anos, a Colopl. Mas a empresa, listada na bolsa de valores de Tóquio, perdeu prestígio entre os usuários e investidores. As vendas de seus jogos populares, White Cat Tennis e White Cat Project, estão em baixa, e as ações da empresa caíram 38% no último ano, o que diminuiu a fortuna de Baba. A Colopl agora aposta em jogos de realidade virtual desenvolvido por terceiros: investiu US$ 100 milhões em dois fundos de investimentos separados.
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Sachin Bansal e Binny Bansal (foto)
País: Índia
Fortuna em 2016: US$ 1,2 bilhão (cada um)
Fortuna em 2017: US$ 950 milhões (cada um)
Estes dois ex-engenheiros da Amazon dividem o mesmo sobrenome mas não são parentes. Os sócios criaram a plataforma de comércio eletrônico Flipkart, que enfrentou problemas no último ano. Um êxodo de grandes talentos forçou a dupla a entregar as rédeas da companhia para um ex-diretor da Tiger Global Management (e grande investidor), que assumiu o cargo de CEO em janeiro. Além disso, a empresa teve sua avaliação de 2015, de US$ 15 bilhões, rebaixada por investidores. Os sócios Bansal afirmam, no entanto, que o rebaixamento é meramente “teórico” e garantem que estão na iminência de aportar mais US$ 1,5 bilhão.
Hung Yau Lit
País: China
Fortuna em 2016: US$ 1,3 bilhão
Fortuna em 2017: US$ 745 milhões
As ações de Hung na Regina Miracle International caíram 45% no período de um ano. Fornecedor de sutiãs e roupas íntimas para Victoria’s Secret e Calvin Klein, a empresa foi prejudicada pela pouca demanda de seu maior cliente: a L Brands. Outro fator que contribuiu para a queda: a Regina Miracle vai mover sua base de manufatura de Shenzhen, na China, para o Vietnã, desacelerando, assim, a produção.