Do impeachment da presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, por suspeitas de tráfico de influência, ao escândalo envolvendo o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, acusado de má gestão de um fundo de investimento estatal, não são muitos os países da Ásia que possuem uma imagem ilibada quando o assunto é corrupção. Mas quão sério é o problema no continente?
Um questionário feito pela Organização Transparência Internacional, uma entidade sem fins lucrativos, ao longo de 18 meses, revelou que ainda há muito trabalho a ser feito. Após conversar com mais de 20.000 pessoas em 16 países, regiões e territórios da Ásia-Pacífico, o relatório mostrou que mais de uma em quatro pessoas já pagou suborno ao usar um serviço público.
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Enquanto as estatísticas avaliam a região asiática como um todo, os números de alguns países individuais são alarmantes – e a corrupção parece estar presente na vida cotidiana.
Veja na galeria de fotos os 5 países mais corruptos da Ásia, de acordo com a Transparência Internacional:
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5. Birmânia – Índice de suborno: 40%
Apesar da criação, em 2013, de uma lei anti-corrupção, cerca de metade dos entrevistados acredita que a maioria ou toda a polícia é corrupta, enquanto 40% diz que o poder judiciário é desvirtuado. Apesar da descrença, a maioria diz acreditar em uma tendência de melhora. Menos de um quarto das pessoas acha que a corrupção aumentou no último ano.
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5. Paquistão – Índice de suborno: 40%
No Paquistão, cerca de três quartos dos entrevistados acha que a maioria ou toda a polícia é corrupta. Das pessoas que enfrentaram autoridades policiais ou estiveram frente a um tribunal, sete em cada dez foram se disseram obrigadas a pagar suborno. E, infelizmente, as pessoas não acham que esse cenário tende a mudar: apenas um terço delas acredita que cidadãos comuns são capazes de fazer a diferença.
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3. Tailândia – Índice de suborno: 41%
A Tailândia vem sofrendo com acusações de corrupção em todos os níveis – inclusive governamentais -, o que levou à realização de um referendo que aprovou a Constituição proposta por uma junta militar, uma maneira de fortalecer a luta contra a prática. Mas os tailandeses parecem otimistas. Apenas 14% acha que a corrupção aumentou nos últimos 12 meses, enquanto cerca de 72% acredita que o governo lida com o tema de forma justa.
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2. Vietnã – Índice de suborno: 65%
Os vietnamitas enxergam a corrupção no país como epidêmica. Dos participantes dos 16 países onde a pesquisa foi realizada, os cidadãos do Vietnã e da Malásia foram os mais pessimistas. Cerca de 60% sente que o governo não está fazendo um bom trabalho no combate à corrupção.
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1. Índia – Índice de suborno: 69%
Mais da metade dos indianos entrevistados declarou já ter pago suborno em cinco dos seis serviços oferecidos pelo governo: educação (escolas), saúde (hospitais), emissão de documentos, segurança (polícia) e serviços de utilidade pública. Porém, a luta de Narendra Modi contra a corrupção já surtiu efeito: 53% das pessoas acreditam que o primeiro-ministro está indo bem ou muito bem. Isso levou os cidadãos a sentirem-se mais fortes, já que 63% deles acreditam que pessoas comuns podem fazer a diferença.
5. Birmânia – Índice de suborno: 40%
Apesar da criação, em 2013, de uma lei anti-corrupção, cerca de metade dos entrevistados acredita que a maioria ou toda a polícia é corrupta, enquanto 40% diz que o poder judiciário é desvirtuado. Apesar da descrença, a maioria diz acreditar em uma tendência de melhora. Menos de um quarto das pessoas acha que a corrupção aumentou no último ano.