O FBI – Federal Bureau of Investigation possui uma divisão especializada em investigar crimes cometidos contra as artes, uma atividade que movimenta US$ 6 bilhões por ano de acordo com a agência. Para disseminar informações e, assim, possibilitar que as pessoas ajudem na recuperação das obras, todas muito valiosas, o bureau mantém uma lista atualizada sobre o que considera os 10 maiores roubos da história.
LEIA MAIS: 9 museus de arte de bilionários
Veja na lista a seguir os 10 maiores roubos de obras de arte:
1. Artefatos iraquianos
Em março e abril de 2003, as instituições culturais e sítios arqueológicos do Iraque sofreram grandes perdas de artefatos históricos extremamente preciosos. Os saqueamentos continuam a ocorrer em grande escala no país. Muitos dos itens foram roubados do Museu Nacional do Iraque. Alguns foram recuperados, mas muitos – entre 7.000 e 10.000 – ainda permanecem desaparecidos. Em fevereiro de 2005, a agência norte-americana recuperou oito selos cilíndricos (dos 5.000 roubados). E, em 25 de julho de 2006, o Immigration and Customs Enforcement (ICE), o órgão da imigração dos Estados Unidos, anunciou a recuperação da estátua do rei Entemena de Lagash, de mais de 4.000 anos, uma das peças mais importantes saqueadas do museu. Ela foi devolvida para o Governo do Iraque em uma cerimônia em Washington, D.C..
2. Isabella Stewart The Gardner Museum
Embora tenha ocorrido há mais de duas décadas (1990), o roubo ao museu de Boston continua como o maior crime de propriedade da história dos Estados Unidos. O FBI e a instituição já pediram ajuda pública para tentar recuperar as obras de arte. No total, 13 peças foram levadas, incluindo raras pinturas de artistas como Rembrandt (“Tempestade no Mar da Galileia”) e Johannes Vermeer (“O Concerto”), em um total avaliado em US$ 500 milhões. No 25o aniversário do roubo, o FBI disse que os responsáveis pelo crime estavam mortos. Anthony Amore, chefe de segurança do museu, anunciou uma recompensa de US$ 5 milhões por “informações que levem diretamente à recuperação de todos os itens em boas condições”.
LEIA TAMBÉM: Roubo de vestido usado por Lupita Nyong’o no Oscar causa alvoroço em Hollywood
3. “Nativity with San Lorenzo and San Francesco”, do pintor italiano Caravaggio
Em outubro de 1969, dois ladrões entraram na igreja Oratory of San Lorenzo, em Palermo, na Itália, e removeram da moldura a famosa pintura de Caravaggio. Especialistas afirmam que a obra de arte tem um valor de, aproximadamente, US$ 20 milhões.
4. Violino Stradivarius
Em outubro de 1995, um violino Stradivarius avaliado US$ 3 milhões foi roubado do apartamento de famosa violinista Erica Morini, em Nova York. Feito em 1727 por Antonio Stradivari, o famoso instrumento é conhecido como Davidoff-Morini Stradivarius.
5. Museu Van Gogh
Em dezembro de 2002, dois ladrões usaram uma escada para alcançar o telhado e invadir o Museu Van Gogh, em Amsterdã, na Holanda. Em apenas alguns minutos, os gatunos roubaram duas pinturas – “View of the Sea at Scheveningen” e “Congregation Leaving the Reformed Church in Nuenen” -, avaliadas em US$ 30 milhões cada. A polícia holandesa condenou dois homens pelo crime em dezembro de 2003, mas as obras nunca foram recuperadas.
E TAMBÉM: Ladrões roubam réplica de medalha de Nobel da Paz indiano
6. Quadro “View of Auvers-sur-Oise”, de Cézanne
No dia 31 de dezembro de 1999, durante os fogos de artifício que celebravam a chegada do milênio, um ladrão invadiu o Ashmolean Museum, em Oxford, Inglaterra, e roubou o quadro “View of Auvers-sur-Oise”, do pintor impressionista francês Paul Cézanne. Avaliada em £ 3 milhões (aproximadamente US$ 3,8 milhões), a obra é classificada como um importante trabalho que marca a transição e o amadurecimento do artista.
7. Painéis de Maxfield Parrish para Gertrude Vanderbilt Whitney
Em julho de 2002, duas pinturas a óleo do pintor norte-americano Maxfield Parrish foram roubadas durante um assalto a uma galeria em West Hollywood, na Califórnia. As obras – avaliadas em US$ 4 milhões – eram dois painéis de uma série encomendada para a mansão da escultora Gertrude Vanderbilt Whitney, localizada na 5th Avenue, em Nova York.
8. Museu Chácara do Céu
Em 24 de janeiro de 2006, aproximadamente às 16 horas, quatro obras de arte – “Marine”, de Monet, “Dois Balcões”, de Salvador Dalí, “Jardim de Luxemburgo”, de Matisse, e “A Dança”, de Pablo Picasso – e o livro “Toros”, também do artista espanhol, foram roubados do Museu Chácara do Céu, no Rio de Janeiro, por quatro homens armados que aproveitaram a movimentação de um bloco de Carnaval no bairro de Santa Teresa. As obras são avaliadas em mais de US$ 50 milhões. Este é considerado o maior roubo a museu da história do país.
VEJA MAIS: Pintura de Norman Rockwell é recuperada após 40 anos
9. Galeria de Arte de New South Wales
No dia 10 de junho de 2007, “A Cavalier”, um auto retrato a óleo feito em painel de madeira pelo pintor holandês Frans Van Mieris, foi roubado da Galeria de Arte de New South Wales, em Sydney, Austrália. A obra foi levada enquanto a galeria estava aberta para visitas públicas. O retrato é relativamente pequeno – mede 20 cm x 16 cm – mas é avaliado em mais de US$ 1 milhão.
10. Pintura a óleo de Renoir
No dia 8 de setembro de 2011, o quadro “Madeleine Leaning on Her Elbow with Flowers in Her Hair”, do artista francês Pierre Auguste Renoir, foi roubado durante um assalto à mão armada em uma casa em Houston, Estados Unidos. O ladrão foi descrito como um homem branco, entre 18 e 26 anos, que portava um revólver semi-automático de grande calibre. Uma seguradora privada está oferecendo mais de US$ 50.000 por informações que possam levar à recuperação da pintura, avaliada em US$ 2,8 milhões.