Resumo:
- Os EUA continuam a servir como um farol para figuras femininas ambiciosas que querem transformar indústrias;
- Rihanna é a cantora mais rica do mundo. A artista não apenas abalou o meio da música, como também se tornou um ícone da beleza e da moda;
- Thai Lee é a mais bem-sucedida imigrante no país, com um patrimônio líquido de US$ 3 bilhões.
Todos os anos, milhares de pessoas migram para os Estados Unidos na esperança de um futuro melhor. A história de Robyn Rihanna Fenty começou da mesma maneira. Há mais de uma década, ela deixou seu país natal, Barbados, e um pai que tinha problemas com o vício para lançar sua carreira musical. A jornada começou com a ajuda do colega músico (e agora bilionário) Jay-Z, que ouviu uma demo de uma de suas canções. Desde então, a artista não apenas abalou a indústria da música, como também se tornou um ícone da beleza e da moda.
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Com base em sua fama e experiências como mulher negra, Rihanna lançou a marca de maquiagem Fenty em parceria com o império de luxo LVMH no final de 2017. A linha, que inclui tons de maquiagem para uma ampla gama de cores de pele, registrou estimados US$ 570 milhões em vendas no ano passado. Ainda em 2018, ela iniciou a linha de lingerie Savage X Fenty com a empresa de moda online TechStyle Fashion Group, de Los Angeles. Essa foi apenas a primeira de suas incursões no design de roupas. No mês passado, Rihanna e a LVMH anunciaram uma nova linha de moda de luxo: a Fenty, com sede em Paris. Ela é a primeira mulher negra a liderar uma grande grife de luxo.
Principalmente graças a seus empreendimentos fora da música, Rihanna tem um patrimônio estimado de US$ 600 milhões, segundo a Forbes. Ela estreia como uma das 19 imigrantes na edição 2019 da lista das Mulheres Self-Made Mais Ricas dos EUA, que possui 80 integrantes. Duas outras recém-chegadas ao ranking também nasceram fora dos EUA: Ashley Chen, de Taiwan, e Neha Narkhede, da Índia. Mas elas vêm de todo o mundo – do Canadá à Coreia do Sul, são representantes de 14 países diferentes em quatro continentes. Nove delas são de países asiáticos. Juntas, compõem quase um quarto das mulheres da lista e detêm cerca de US$ 18,4 bilhões, ou 23% do total.
Este é o quinto ano em que a Forbes celebra as mulheres norte-americanas mais bem-sucedidas. Os EUA continuam a servir como um farol para figuras femininas ambiciosas que querem transformar indústrias, seja no varejo, defesa ou outros segmentos. Apesar da repressão do governo federal à imigração, as mulheres imigrantes de maior sucesso do país continuam incorporando o poder do sonho americano.
Thai Lee, que é a mais bem-sucedida imigrante no país, viveu esse sonho e trabalhou muito ao longo do caminho. Original de Bangcoc, cresceu na Coreia do Sul, mas mudou-se para os EUA, onde, com a irmã mais velha, morava com um amigo da família e frequentava o ensino médio em Amherst, Massachusetts. Mais tarde, Thai estudou economia e biologia no Amherst College e recebeu seu MBA da Harvard Business School em 1985. Ela trabalhou em empresas norte-americanas como Procter & Gamble e American Express por quatro anos, mas, em 1989, ela e seu marido compraram um revendedor de software por menos de US$ 1 milhão. Eles o renomearam de SHI International, e hoje atendem clientes como Boeing e Johnson & Johnson, com vendas de US$ 10 bilhões em 2018.
A chinesa Weili Dai, a cofundadora da Panda Express Peggy Cherng e a bilionária turca-americana Eren Ozmen, que cresceu em Diyarbakir – uma cidade na Turquia perto da fronteira com a Síria -, também se mudaram para os EUA em busca de uma educação melhor. Eren vendia o doce baclava e trabalhava como zeladora na empresa aeroespacial e de defesa de Sierra Nevada para se sustentar, enquanto frequentava a escola de negócios na Universidade de Nevada, em Reno. Hoje, ela é a presidente e proprietária majoritária da Sierra Nevada, que acumulou US$ 1,9 bilhão em vendas em 2018 e conta com a NASA como um de seus clientes. “Olhe para os Estados Unidos e o que as mulheres podem fazer aqui em comparação com o resto do mundo. É por isso que sentimos que temos um legado a deixar”, disse ela à Forbes em 2018.
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Outras mulheres foram ao país em busca de uma vida melhor e de mais oportunidades. A magnata da maquiagem Anastasia Soare migrou da Romênia para Los Angeles em 1989 e conseguiu um emprego em um salão de beleza. Três anos depois, saiu para iniciar seu próprio negócio e, em 2000, lançou sua linha de produtos para sobrancelhas, Anastasia Beverly Hills – hoje avaliada em mais de US$ 3 bilhões. A cofundadora da Forever 21 Jin Sook Chang seguiu um caminho semelhante: ela e o marido foram da Coreia do Sul para os EUA em 1981. Jin trabalhou como cabeleireira por três anos e o marido tinha três empregos. O casal usou US$ 11 mil que economizou para abrir uma loja de roupas de 80 metros quadrados em Los Angeles. Agora, a Forever 21 tem mais de 815 unidades e uma receita anual estimada em US$ 3,4 bilhões.
Outra indústria na qual as mulheres imigrantes deixam sua marca é a de tecnologia. Vinte empreendedoras na lista da Forbes construíram suas fortunas, incluindo sete imigrantes, nessa área. Uma delas é a co-CEO da Oracle, Safra Catz. Originalmente de Israel, Safra se juntou à gigante do software em 1999. Embora não seja uma fundadora, ela supervisionou mais de 130 aquisições no valor de US$ 60 bilhões e se tornou uma das CEOs mais bem pagas do país. Apenas em 2017, a Oracle a remunerou com US$ 135 milhões em dinheiro e ações, o que fez com que Safra fosse incluída na edição 2019 do ranking dos bilionários do mundo.
Veja, a seguir, as imigrantes self-made mais ricas dos EUA:
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Todd Williamson/Getty Images 19°. Toni Ko
Patrimônio líquido: US$ 270 milhões
País de origem: Coreia do Sul
Fonte de riqueza: Cosméticos -
Forbes 18°. Ashley Chen
Patrimônio líquido: US$ 300 milhões
País de origem: Taiwan
Fonte de riqueza: Provedora de TI -
Presley Ann/Getty Images 17°. Sonia Gardner
Patrimônio líquido: US$ 310 milhões
País de origem: Marrocos
Fonte de riqueza: Finanças -
Reprodução/Forbes 16°. Neha Narkhede
Patrimônio líquido: US$ 360 milhões
País de origem: Índia
Fonte de riqueza: Software -
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Steve Jennings/Getty Images 15°. Adi Tatarko
Patrimônio líquido: US$ 430 milhões
País de origem: Israel
Fonte de riqueza: Design de interiores -
NBC/Getty Images 14°. Céline Dion
Patrimônio líquido: US$ 450 milhões
País de origem: Canadá
Fonte de riqueza: Música -
Andrew Toth/Getty Images 13°. Theresia Gouw
Patrimônio líquido: US$ 580 milhões
País de origem: Indonésia
Fonte de riqueza: capital de risco -
Christopher Polk/Getty Images 12°. Rihanna
Patrimônio líquido: US$ 600 milhões
País de origem: Barbados
Fonte de riqueza: Música, cosméticos e moda -
Reprodução/Forbes 11°. Kit Crawford
Patrimônio líquido: US$ 890 milhões
País de origem: Canadá
Fonte de riqueza: Cliff Bar (alimentos e bebidas) -
Reprodução/Forbes 10°. Christel DeHaan
Patrimônio líquido: US$ 950 milhões
País de origem: Alemanha
Fonte de riqueza: Imóveis -
Reprodução/Forbes 9°. Weili Dai
Patrimônio líquido: US$ 960 milhões
País de origem: China
Fonte de riqueza: Empresa de semicondutores -
Forbes 8°. Neerja Sethi
Patrimônio líquido: US$ 1 bilhão
País de origem: Índia
Fonte de riqueza: Consultoria de TI -
AFP/Getty Images 7°. Safra Catz
Patrimônio líquido: US$ 1,1 bilhão
País de origem: Israel
Fonte de riqueza: Tecnologia -
Rosdiana Ciaravolo/Getty Images 6°. Anastasia Soare
Patrimônio líquido: US$ 1,2 bilhão
País de origem: Romênia
Fonte de riqueza: Cosméticos -
CNBC/Getty Images 4°. Jayshree Ullal
Patrimônio líquido: US$ 1,4 bilhão
País de origem: Reino Unido
Fonte de riqueza: Tecnologia de rede de computadores -
Alberto E. Rodriguez/Getty Images 4°. Eren Ozmen
Patrimônio líquido: US$ 1,4 bilhão
País de origem: Turquia
Fonte de riqueza: Empresa aeroespacial privada -
Reprodução/Forbes 3°. Jin Sook Chang
Patrimônio líquido: US$ 1,5 bilhão
País de origem: Coreia do Sul
Fonte de riqueza: Moda -
Bob Riha Jr/Getty Images 10. Peggy Cherng – US$ 3,1 bilhões
Indústria: fast-food
Idade: 75 -
Reprodução/Forbes 1°. Thai Lee
Patrimônio líquido: US$ 3 bilhões
País de origem: Coreia do Sul
Fonte de riqueza: Provedor de TI
19°. Toni Ko
Patrimônio líquido: US$ 270 milhões
País de origem: Coreia do Sul
Fonte de riqueza: Cosméticos
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