Dezesseis grandes bilionários do mundo morreram em um ano marcado pelas perdas causadas por conta da pandemia de Covid-19, mas nenhum deles foi acometido pela doença. Na verdade, o número de donos de fortunas de mais de 10 dígitos que faleceram em 2020 é menor em comparação a 2019, com 23 mortes.
Para os mais ricos do mundo, a pandemia não foi, surpreendentemente, a grande devastação que significou para o resto da sociedade. Na verdade, o bilionário mais conhecido que contraiu a doença foi o presidente norte-americano Donald Trump, que ainda está entre nós.
LEIA MAIS: Morre aos 82 anos o bilionário Joseph Safra
Entre os que faleceram em 2020 ,está o bilionário da mídia conhecido por ser rabugento, um dos líderes empresariais mais bem-sucedidos da Coreia do Sul, o ex-CEO da gigante do agronegócio Cargill e o banqueiro mais rico do mundo. Nove dos 16 que morreram em 2020 construíram suas próprias fortunas, um herdou uma conta bancária e os seis restantes receberam heranças familiares e trabalharam para expandi-la.
Relembre, na galeria de imagens a seguir, os 16 bilionários do mundo que morreram 2020:
-
Divulgação/Forbes 1. Sumner Redstone, ViacomCBS
País: EUA
Óbito: agosto de 2020, 97 anos
Patrimônio líquido: US$ 2,6 bilhõesO bilionário da mídia e ex-advogado Sumner Redstone era mais conhecido por controlar a CBS e a Viacom, mas ele também detinha grandes marcas do mundo do entretenimento como a Blockbuster, MTV, Comedy Central e Nickelodeon. Redstone usou o grupo midiático fundado por seu pai, a National Amusements, como um meio para expandir negócios — em 1987, o conglomerado adquiriu o controle da gigante do entretenimento Viacom.
Redstone não via limites para seu poder –nem mesmo a morte. Em 2007, ele disse aos alunos da Universidade de Boston: “Estou no controle agora e estarei no controle depois de morrer”. A declaração foi parte de uma batalha de sucessão de uma década com sua filha Shari Redstone, que assumiu as operações do grupo em 2016. Em 2007, Redstone escreveu para a Forbes, dizendo que “com pouca ou nenhuma contribuição dos meus filhos”, ele construiu seu império de mídia.
-
Divulgação/Forbes 2. Lee Kun-Hee, Samsung Group
País: Coreia do Sul
Óbito: outubro de 2020, 78 anos
Patrimônio líquido: US$ 17,3 bilhõesPresidente do conglomerado coreano Samsung Group, Lee Kun-hee deixou para trás um império de chips de computador, moda, parques temáticos, serviços de TI, TVs e, mais notavelmente, uma das poucas fabricantes de smartphones concorrentes da Apple.
Lee assumiu a Samsung em 1987, após a morte de seu pai e fundador do conglomerado, Lee Byung-chull. Ele conduziu a ascensão da Samsung ao apostar em cartões de memória na década de 1990, TVs de tela plana em meados de 2000 e smartphones na década de 2010. Lee, a pessoa mais rica da Coreia do Sul desde 2007, foi condenado por subornar o presidente em exercício do país em 1996 e por sonegação de impostos na década seguinte; o bilionário foi perdoado por ambos os crimes. Lee sofreu um ataque cardíaco em 2014 que o deixou incapacitado. Seu filho, Jay Y. Lee, passou a dirigir o Grupo Samsung desde então.
-
Divulgação/Forbes 3. Joseph Safra, Banco Safra
País: Brasil
Óbito: 10 de dezembro de 2020, 82 anos.
Patrimônio líquido: US$ 23,2 bilhõesComo banqueiro mais rico do mundo e pessoa mais rica do Brasil, Joseph Safra construiu um império com foco em empresas e clientes com grandes fortunas. Ele nasceu no Líbano e fazia parte de uma família de banqueiros sírios. No Brasil, Safra e seu irmão Moise (falecido em 2014) construíram o Banco Safra, a oitava maior instituição financeira do país. Na Suíça, ele era proprietário do J. Safra Sarasin, banco criado por meio de uma fusão em 2013. De personalidade discreta, o bilionário evitou exposições midiáticas durante toda sua vida. Safra e Moise apareceram pela primeira vez na lista da Forbes dos bilionários do mundo em 2000, com uma fortuna compartilhada estimada em US$ 3 bilhões.
-
Divulgação/Forbes 4. Whitney MacMillan, Cargill
País: EUA
Óbito: março de 2020, 90 anos
Patrimônio líquido: US$ 5,1 bilhõesMacMillan, ex-presidente e CEO da gigante do agronegócio Cargill, transformou sua empresa em uma entidade global. MacMillan passou 44 anos como comerciante de grãos do meio-oeste dos Estados Unidos, assumindo o cargo de CEO e presidente do conselho da Cargill em 1976; o bilionário se aposentou em 1995 ao atingir a idade obrigatória de 65 anos. Em uma rara entrevista para a Forbes em 2017, ele refletiu sobre a sua gestão da Cargill, guiada por seu “bom senso” e “decência” –dois elementos cruciais que, segundo ele, faltam no mundo dos negócios. “A história da virtude no comércio de grãos é antiga. Nele, sua palavra é seu título”, disse o bilionário. Além de adicionar diretores independentes ao conselho da empresa e criar um plano de participação acionária para funcionários, MacMillan foi o gestor de sucesso de uma companhia que gerou US$ 113,5 bilhões em receitas de 2019. Membros das famílias detentoras da Cargill possuem cerca de 88% da companhia. Whitney foi o último MacMillan a liderar o negócio.
-
Anúncio publicitário -
Divulgação/Forbes 5. Randall Rollins, Rollins Inc.
País: EUA
Óbito: agosto de 2020, 88 anos
Patrimônio líquido: US$ 4,7 bilhõesUm dos maiores nomes quando o assunto é controle de pragas dos Estados Unidos, a família Rollins criou o império empresarial Rollins Inc., com sede em Atlanta, especializada em infestações de ratos, baratas, piolhos e camundongos. Das empresas do grupo, a companhia dedetizadora Orkin é a mais conhecida.
Randall Rollins ingressou na empresa da família em 1953 e ajudou a expandir os negócios do controle de pragas por meio da mídia. Ele atuou como presidente da empresa, ao lado de seu irmão bilionário Gary, que é CEO da companhia hoje.
Em 2014, a Forbes noticiou a rixa familiar de US$ 8 bilhões sobre “alocações de recursos” que atormentou seu império de controle de pragas e fez a família inteira entrar em desavença” pais e filhos, esposas e maridos, primos e primas” em “uma das mais desagradáveis brigas registrada entre os membros da lista Forbes 400 das pessoas mais ricas dos Estados Unidos”. A família supostamente chegou a um acordo em novembro de 2019, cerca de um ano antes da morte de Randall.
-
Divulgação/Forbes 6. Lo Siu-tong, Yu Tai Hing
País: Hong Kong
Óbito: janeiro 2020, 90 anos
Patrimônio líquido: US$1,3 bilhãoO bilionário do mercado imobiliário de Hong Kong fundou sua empresa em 1966, propondo-se a reformar edifícios antigos. Com o sucesso do negócio, Siu-tong acumulou um império de escritórios, residências e lojas.
-
Divulgação/Forbes 7. Park Yeon-cha, Taekwang Industrial
País: Coreia do Sul
Óbito: janeiro de 2020, 74 anos
Patrimônio líquido: US$ 3,1 bilhõesA companhia dirigida por Park Yeon-cha, a Taekwang Industrial, é uma importante fabricante de calçados, que possui clientes como a Nike e fábricas no Vietnã, Indonésia e China.
-
Divulgação/Forbes 8. Arne Wilhelmsen, Royal Caribbean Cruises
País: Noruega
Óbito: abril de 2020, 90 anos
Patrimônio líquido: US$ 1,5 bilhãoWilhelmsen lançou a Royal Caribbean Cruises em 1969, transformando-a em uma das maiores operadoras de cruzeiros do mundo.
-
Divulgação/Forbes 9. Dmitry Bosov, Sibanthracite Group
País: Rússia
Óbito: maio de 2020, 52 anos
Patrimônio líquido: US$ 1,1 bilhãoBosov era conhecido por seu conglomerado Sibanthracite Group, que reunia divrsos produtores de carvão na Sibéria. Ele foi encontrado morto em seu apartamento depois de levar um tiro na cabeça.
-
Divulgação/Forbes 10. Manuel Jove, Fadesa Inmobiliaria
País: Espanha
Óbito: maio de 2020, 78 anos
Patrimônio líquido: US$ 1,7 bilhãoJove foi o fundador da Fadesa Inmobiliaria. Em 2006, ele vendeu sua participação de 55% na companhia por US$ 3 bilhões, antes do colapso da bolha imobiliária espanhola.
-
Divulgação/Forbes 11. Eduardo Cojuangco, San Miguel
País: Filipinas
Óbito: junho de 2020, 85 anos
Patrimônio líquido: US$ 1 bilhãoDescrito em um obituário do New York Times como o “Rei dos Camaradas”, Cojuangco foi um polêmico aliado do ditador das Filipinas Ferdinand Marcos. O bilionário se tornou presidente do poderoso conglomerado de alimentos e infraestrutura San Miguel em 1998.
-
Divulgação/Forbes 12. Manuel Moroun, Ambassador Bridge
País: EUA
Óbito: julho de 2020, 93 anos
Patrimônio líquido: US$ 1,5 bilhãoMoroun era dono de empresas de transporte, como a Ambassador Bridge de Detroit que atua na maior passagem de fronteira entre os EUA e o Canadá.
-
Reprodução/ Youtube 13. Edmund Ansin, Sunbeam Television
País: EUA
Óbito: julho de 2020, 84 anos
Patrimônio líquido: US$ 1 bilhãoAnsin herdou uma fortuna proveniente de negócios imobiliários e a transformou em um império da mídia. Trabalhando ao lado de seu pai, a família pagou US$ 3,4 milhões pela estação de TV WSVN de Miami, que foi pioneira no estilo de TV sensacionalista.
-
Divulgação/Forbes 14. Aloysio de Andrade Faria, Banco Real
País: Brasil
Óbito: setembro de 2020, 99 anos
Patrimônio líquido: US$ 1,7 bilhãoFaria era graduado em medicina, mas passou a trabalhar no mundo das finanças ao assumir o comando do Banco Real, de propriedade de sua família, após a morte de seu pai. O bilionário vendeu a instituição para a iniciativa holandesa ABN Amro em 1998 por US$ 2,1 bilhões.
-
Divulgação/Forbes 15. Suna Kirac, Koc Holding
País: Turquia
Óbito: setembro de 2020, 79 anos
Patrimônio líquido: US$ 1,4 bilhãoSuna Kirac era a filha mais nova do fundador da Koc Holding, Vehbi Koc, um dos maiores conglomerados da Turquia, com ativos em energia, automóveis, bens de consumo duráveis e finanças.
-
16. Sheldon Solow, Solow Building Co
País: EUA
Óbito: novembro de 2020, 92 anos
Patrimônio líquido: US$ 4,4 bilhõesA Manhattan real estate developer, Solow took a risk in 1972 to build 9 West 57 Street in New York City, an office tower known today for its unobstructed views of Central Park.
O bilionário atuava como incorporador imobiliário em Manhattan e assumiu seu primeiro grande risco de negócio em 1972, ao construir a 9 West 57 Street em Nova York, uma torre de escritórios conhecida pelas vistas de tirar o fôlego do Central Park.
1. Sumner Redstone, ViacomCBS
País: EUA
Óbito: agosto de 2020, 97 anos
Patrimônio líquido: US$ 2,6 bilhões
O bilionário da mídia e ex-advogado Sumner Redstone era mais conhecido por controlar a CBS e a Viacom, mas ele também detinha grandes marcas do mundo do entretenimento como a Blockbuster, MTV, Comedy Central e Nickelodeon. Redstone usou o grupo midiático fundado por seu pai, a National Amusements, como um meio para expandir negócios — em 1987, o conglomerado adquiriu o controle da gigante do entretenimento Viacom.
Redstone não via limites para seu poder –nem mesmo a morte. Em 2007, ele disse aos alunos da Universidade de Boston: “Estou no controle agora e estarei no controle depois de morrer”. A declaração foi parte de uma batalha de sucessão de uma década com sua filha Shari Redstone, que assumiu as operações do grupo em 2016. Em 2007, Redstone escreveu para a Forbes, dizendo que “com pouca ou nenhuma contribuição dos meus filhos”, ele construiu seu império de mídia.
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.