A chinesa Xiaomi, quarta maior fabricante de smartphones do mundo, está explorando a opção de arrecadar fundos que irão aumentar o valor da companhia para mais de US$ 40 bilhões (cerca de R$ 97,7 bilhões). Diversas fontes informaram que a empresa de Beijing está considerando angariar mais dinheiro e possivelmente quadriplicar sua avaliação anterior de US$ 10 bilhões, feita em agosto do ano passado.
Se a Xiaomi conseguir arrecadar US$ 40 bilhões ou mais, irá tornar-se a empresa privada de tecnologia mais valiosa do mundo – e uma das mais poderosas fabricantes de aparelhos. Com este valor, valeria mais do que a Sony, que possui US$ 19,5 bilhões (cerca de R$ 47,6 bilhões) em capitalização de mercado.
Com menos de 5 anos em atividade, a Xiaomi é a visão de seu fundador e CEO Lei Jun – um empreendedor de 44 anos que tem uma fortuna de US$ 9,1 bilhões (aproximadamente R$ 22,2 bilhões) graças ao sucesso de sua campanhia. Na China, ele é visto como a versão oriental de Steve Jobs. A diferença entre os dois é que, em seu país de origem, Jun vende mais do que a Apple.
A fatia do mercado pertencente à Xiaomi e suas vendas crescem em número vertiginosos, 5 vezes mais do que qualquer outra fabricantes de smartphone. Em seu terceiro quadrimestre, a empresa despachou 17,3 milhões de unidades, um aumento de 200% em relação ao mesmo período em 2013. Em comparação, a Apple enviou cerca de 39,3 milhões aparelhos – crescimento de apenas 16%.
Em valores, os números de Xiaomi também são altos: na primeira metade de 2014, a empresa lucrou cerca de US$ 5,1 bilhões (em torno de R$ 12,4 bilhões) – quase 150% a mais do que o mesmo período no ano passado.
A companhia que nem existia há 5 nos atrás – e ainda não entrou no mercado americano – é a número 1 na China. Xiaomi está começando a diversificar seu portfólio: além dos smartphones com sistema Android, os tablets da marca também estão na cena. Além disso, a empresa está aumentando seu território ao passar a entregar em lugares como Cingapura e índia.
“Lei Jun é um fundador visionário focado apenas nos maiores níveis de inovação”, disse Yuri Milner, da DST Global, à Forbes em 2012. “Ele é cerca por um time excepcionalmente forte com conhecimento único dos produtos”.