erry Yang está dando um rápido passeio pela sala de conferências de sua empresa de private equity em Palo Alto, na Califórnia. Ela está repleta de presentes e fotos de seus 20 anos no Vale do Silício. Aos 45 anos de idade, o bilionário cofundador do Yahoo! para diante de um objeto de vidro comemorativo de uma transação, o qual repousa em uma mesa baixa.
“Hum, não faço ideia do que seja isto.”. Ele olha mais de perto e verifica a data: setembro de 2012. “Isso é… Foi depois que saí. Acho que foi o último negócio que fiz no Yahoo.” A placa assinala uma das decisões de negócios mais burras de todos os tempos. O conselho do Yahoo concordou em vender 523 milhões de ações do Alibaba, metade de sua participação, de volta ao próprio Alibaba por US$ 13 cada. Yang não tinha interesse em vender, mas os demais conselheiros acabaram se desfazendo dos papéis. Ele se demitiu do conselho logo depois. Eis que, no mês passado, a IPO do Alibaba chacoalhou os mercados globais.
As ações da gigante chinesa de comércio eletrônico valem agora US$ 90. O Yahoo ainda detém uma participação de 16%, no valor de US$ 36 bilhões, mas o dinheiro que deixou de ganhar – cerca de US$ 35,5 bilhões – equivale a quase todo seu valor de mercado atual.
Quando a história oficial do Vale do Silício for (re)escrita, será difícil julgar qual das realizações de Yang é maior: fundar o Yahoo ou apostar logo de início em Jack Ma, presidente e CEO do Alibaba. Nove anos atrás, antes de Yang ser CEO do Yahoo, ele pagou US$ 1 bilhão por 30% da empresa de Ma. Sabia que um dia o ativo seria extremamente valioso e se recusou a vender o Yahoo à Microsoft quando, em 2008, Steve Ballmer veio com a oferta – decisão que custou a Yang o cargo de CEO. A atual CEO do Yahoo, Marissa Mayer, pode fazer o que quiser para maquiar a situação, mas Wall Street desvalorizou sua empresa. Agora ela é uma representante do Alibaba, e tudo graças a Yang.
“Eu não fiz nada”, diz ele, dando de ombros e concedendo todo o crédito a Ma e seu vice, Joe Tsai. “Eles construíram a empresa. Eu não.” Mas adivinhe quem está ganhando um assento no conselho do Alibaba depois da IPO: ninguém relacionado ao Yahoo, exceto Yang. Sua confiança lúcida e precoce no Alibaba levou a uma visão totalmente nova de seu papel como o novo mediador do Vale do Silício entre o Ocidente e o Oriente. O Alibaba e uma série de empresas chinesas, coreanas e japonesas estão dando um gás em planos de aquisição nas áreas de comércio, mensagens, jogos e pesquisa dos EUA.
Yang tem fortes vínculos nos círculos asiáticos de tecnologia e vai estar lá para mostrar a direção certa a
Jack Ma e aos outros.
Desde que saiu do Yahoo, Yang financiou mais de 50 startups, incluindo Evernote, Wattpad e Tango, por meio de sua empresa de investimentos, a AME Cloud Ventures (AME significa “chuva” em japonês, o que aponta para o interesse inicial de Yang em startups de computação em nuvem). Seu novo papel de superanjo oferece a oportunidade de deixar para trás sua reputação de magnata defenestrado. Sob sua supervisão, o Yahoo acabou perdendo participação em buscas e publicidade. A empresa também deixou o Facebook escapar em 2006 ao vacilar por causa do preço de US$ 1 bilhão.
Hoje, os únicos sinais de sua passagem pelo Yahoo são alguns cabelos grisalhos, os US$ 2 bilhões em sua conta bancária e a tal placa de vidro negligenciada. “Eu queria voltar a estar perto de empreendedores”, diz Yang, bebericando chá verde de Taiwan e ignorando seu smartphone por uma hora. “Tinha vontade de poder fazer as coisas no meu próprio ritmo, cometer erros e ninguém se importar. Quem me observa diz que estou muito mais feliz.” Em muitos aspectos, ele também está mais poderoso.
Nascido em Taipei, Taiwan, Yang tinha 2 anos de idade quando o pai morreu de uma doença pulmonar, deixando a mãe, professora de inglês e teatro, sozinha para criar Yang e o irmão. No final da década de 1970, quando Yang tinha 10 anos de idade, ela mudou-se com os filhos para San Jose, na Califórnia. Yang mudou o nome de Chih-Yuan para Jerry.
O inglês trôpego de Yang o impeliu para a matemática e as ciências até o ensino médio, o que o levou a construir seu primeiro computador e, em seguida, a cursar engenharia na Universidade Stanford, onde se enturmou com o cofundador do Yahoo, David Filo. Em janeiro de 1994, eles criaram o Jerry and David’s Guide to the World Wide Web, um catálogo de links inicialmente tosco, cujo nome decidiram mudar para Yahoo meses depois.
A ligação fortuita do Yahoo com o Alibaba nunca teria acontecido se um bilionário japonês das telecomunicações chamado Masayoshi Son não tivesse feito um desvio para Mountain View, em 1995, para se sentar com os jovens Yang e Filo. Seu SoftBank tinha acabado de comprar a Ziff Davis, editora focada em computadores que estava planejando investir no Yahoo. Foi então que o banqueiro ouviu falar pela primeira vez na empresa. Quando estava em um hotel em Las Vegas, perguntou a seu assistente executivo, Masahiro Inoue, o que achava da startup de Yang. “Uma empresa de internet”, disse Inoue em Aiming High:
A Biography of Masayoshi Son. “Acho uma coisa boa.”
No dia seguinte, Son foi a Mountain View e comeu pizza regada a refrigerantes com os fundadores do Yahoo. O SoftBank pagou US$ 2 milhões por uma participação de 5% no Yahoo, investindo mais US$ 105 milhões em 1996 e depois outros US$ 250 milhões em 1998, chegando a deter 37% da empresa a certa altura. Cerca de um mês depois do investimento inicial de Son, Inoue foi visitar Yang novamente. “Vamos criar o Yahoo Japão”, disse Yang, segundo a biografia. “Podemos começar com duas ou três pessoas e, se necessário, adicionar mais.”
Yang gostou do fato de Inoue querer agir com rapidez, e assim os dois apertaram as mãos. No mês seguinte, o Yahoo e o SoftBank estabeleceram sua joint venture, o Yahoo Japão, primeiro portal de internet do país, e iniciaram as operações em abril, usando o mecanismo de busca do Yahoo. Inoue virou presidente.
Enquanto o Yahoo Japão começava a ganhar milhões de clientes, Yang fazia sua primeira viagem à China, em 1997. Um funcionário do Ministério da Fazenda foi encarregado de levar Yang em um passeio à Grande Muralha da China. Seu nome era Jack Ma, um ex-professor de inglês que tentou, sem sucesso, lançar uma versão chinesa das Páginas Amarelas. “O Jack foi uma das primeiras pessoas eu conheci na China”, diz Yang. Ao longo da caminhada, os dois deram-se bem e conversaram sobre o crescimento da internet. Meses depois, Ma começou a criar outra startup com base em planos grandiosos e um tanto vagos de conectar empresas chinesas. Ele deu a ela o nome de Alibaba.
Na primavera de 1999, auge da bolha das pontocom, o Yahoo tinha se desenvolvido a ponto de se tornar um dos sites mais acessados do planeta, e Son foi, por um breve período, quase tão rico quanto Bill Gates. Comparativamente, o Alibaba de Ma era uma bagatela – apenas um pequeno grupo de pessoas que trabalhavam no apartamento dele em Hangzhou. Mas Son o encontrou durante suas caçadas periódicas de novos investimentos. Depois de visitar Ma pela primeira vez, Son lembrou que gostava do “olhar (de Ma)” e de seu “faro animal”. Son investiu US$ 20 milhões no Alibaba, antes de, por fim, acumular uma participação de 37% na empresa, mesmo quando o estouro da bolha das pontocom destruiu 99% do valor de mercado do SoftBank e quase 90% do patrimônio do empresário.
Son e o Yahoo sobreviveram ao desastre, embora um pouco abalados. Saiu o CEO do Yahoo, Tim Koogle, substituído pelo magnata de Hollywood Terry Semel, que liderou um período de crescimento robusto, mas finalmente ficou sem forças diante da máquina de busca de anúncios do Google. O Yahoo tentou tirar proveito da Ásia logo de início, construindo um portal chinês que traduzia o conteúdo dos Estados Unidos e, em seguida, comprando o navegador chinês 3721 para obter uma posição na internet chinesa. Nenhuma das estratégias conseguiu atrair os usuários locais.
Em maio de 2005, Yang finalmente negociou o movimento de redenção do Yahoo. Yang e Ma foram convidados para uma reunião de cúpula para executivos da China e do Vale do Silício em Pebble Beach, na Califórnia. A atração principal do evento era Robin Li, CEO da gigante de buscas Baidu. Embora a startup de Ma tivesse crescido a ponto de ter 2.400 funcionários e faturamento de US$ 50 mi-lhões, o futuro do Alibaba parecia inde- finido. Dois anos antes, o eBay tinha comprado o rival EachNet, site local de leilões, e vinha dominando o mercado. Ma precisava de recursos financeiros e esperava obtê-los falando com Li.
Yang deu uma passada na cúpula para jogar golfe no quarto dia, também com a intenção de abrir um diálogo com o Baidu. “O Robin disse que não podia fechar negócio com Jerry”, diz um participante que ouviu isso de Li diretamente, “porque o Baidu já é bem grande”.
Ma ficou de lado enquanto os banqueiros, interessados em subscrever o IPO do Baidu, brigavam para jogar com Li. Como não era golfista, Ma ainda se viu objeto de uma provocação – uma aposta de US$ 100 feita por outros participantes: qual dos novatos conseguiria mandar a bola mais longe. Seria o delgado Ma? Ou o musculoso Ying Wu, fundador da UT Starcom, financiada pelo SoftBank? A maior parte das apostas foi para Wu. Ma o viu tentar atingir a bola várias vezes; quando finalmente conseguiu, ela não foi longe. Ma deu um leve toque na bola, surpreendeu a todos – e venceu a aposta.
No coquetel de recepção que aconteceu depois, ainda naquele dia, Yang começou a conversar com Ma, seu antigo guia de passeio de oito anos antes. Logo eles saíram de fininho pelas portas do pátio e foram para a praia. Em 30 minutos, tinham discutido uma parceria que mudaria o destino das empresas deles.
Nas semanas seguintes, a administração do Yahoo lançou o Projeto Pebble para explorar um relacionamento com o Alibaba. Quando o Alibaba manifestou interesse em uma parceria, um grupo de executivos do Yahoo seguiu para a China. Yang e Semel trataram diretamente com Ma, enquanto o executivo-chefe de operações do Yahoo, Dan Rosensweig, a executiva-chefe de finanças, Sue Decker, e o diretor de estratégia, Toby Coppel, trataram com Joe Tsai. Ma disse depois ao capitalista de risco Deng que não esperava negociar com Jerry em Pebble Beach.
“De alguma forma, eles simplesmente conversaram e aí descobriram que era uma boa ideia”, Deng relembra. “Eles tomaram a decisão rapidamente.” Yang se recusa a comentar como desenvolveu um relacionamento com Ma. Mas não deve ter sido fácil para ele, como taiwanês-americano que tinha atingido a maioridade no Vale do Silício, enquanto a maior parte da elite empresarial da China é formada por universidades chinesas. “O ecossistema chinês realmente não era o habitat de Jerry”, diz Carmen Chang, advogada que ajudou a liderar o investimento do Google no Baidu em 2005. “Isso significava que ele tinha de trabalhar mais.”
O pessoal do Yahoo apresentou uma proposta em cujos termos eles investiriam US$ 1 bilhão em dinheiro e ativos do Yahoo China, no valor de US$ 700 milhões, por colossais 40% do Alibaba, enquanto o SoftBank e a administração existente manteriam 30% cada um. O negócio era extremamente complexo, e tanto o Yahoo como Ma quase desistiram algumas vezes, até que Yang, de acordo com o Wall Street Journal, o levou para jantar em um pequeno restaurante japonês em São Francisco para discutir o assunto. Ma lembrou depois que Yang o conquistou “com um copo de saquê”.
A transação envolvendo o Alibaba sempre pareceu um pouco arriscada. Metade do valor da empresa foi atribuída ao Alipay, um serviço de pagamentos on-line, e ao Taobao, site de comércio eletrônico que concorria com o EachNet, do eBay. Ambos estavam perdendo dinheiro. Mas Yang diz que foi cativado pelo fundador. “Quando você conhece um empresário como Jack Ma, você só quer ter a certeza de que apostará nele”, diz ele. “Não é uma decisão difícil.”
As tropas do Yahoo dessa vez ficaram impressionadas. “Todo mundo achou que era um negócio muito inteligente”, diz Rich Riley, ex-vice-presidente do Yahoo que hoje comanda o aplicativo de música Shazam. “Mercados como a China haviam se mostrado difíceis para as empresas ocidentais em termos de obterem posições de liderança, e esta parecia ser uma maneira inteligente de agir.”
E foi. O EachNet, rival que parecia ser capaz de matar o Alibaba, estava indo mal. A administração do eBay insistiu em controlar a empresa chinesa a partir de San Jose, exigindo uma taxa de 3% para listagens e uma padronização com base na tecnologia do eBay, o que desacelerava o site. Ma observou e aprendeu. Com seu investimento de US$ 1 bilhão feito pelo Yahoo, o Alibaba se absteve de cobrar pelas listagens, o que levou os comerciantes a sair do EachNet e entrar no Taobao, que era mais barato e mais rápido. Até a primavera de 2007, o Taobao tinha conquistado 82% do mercado de leilões on-line.
As coisas não estavam indo tão bem para o Yahoo em seu país de origem. Semel foi demitido em junho de 2007, com Yang assumindo interinamente como CEO. No entanto, antes que ele pudesse fazer uma reviravolta, o Yahoo foi arrastado para uma negociação infernal após a outra.
Em fevereiro de 2008, a Microsoft anunciou uma oferta de US$ 46 bilhões e US$ 31 por ação, o que representava um ágio de 62% sobre o valor de mercado do Yahoo na época. Yang se recusou a vender por menos de US$ 37. Com a queda das ações do Yahoo, Yang foi forçado a renunciar em janeiro de 2009, sendo substituído por Carol Bartz, ex-CEO da Autodesk. A Microsoft retirou sua oferta em maio.
Yang agarrou-se ao assento no conselho e manteve as relações com a China, mas os críticos o recriminaram por não impedir Ma de prolongar o negócio da Alipay em 2011. O investidor ativista Dan Loeb venceu uma batalha e abocanhou três assentos no conselho. Pediu a cabeça de Yang e conseguiu em janeiro de 2012, quando este finalmente saiu dos conselhos do Yahoo, Yahoo Japão e Alibaba.
Esse tempo todo, Ma vinha se movimentando para comprar de volta o capital que tinha vendido ao Yahoo (e ao SoftBank). O novo CEO do Yahoo, Scott Thompson, pediu a seu CFO, Tim Morse, para preparar uma venda. Contudo, Thompson não duraria tempo suficiente para ver a concretização do negócio; Loeb o despediu por ter mentido em seu currículo. O Yahoo vendeu metade de sua participação em setembro de 2012 por US$ 7,1 bilhões antes de impostos, ou US$ 13 por ação. O Alibaba fechou a
US$ 94 exatos dois anos depois.
Agora um observador externo, Yang afirma não ter “nenhuma ideia” de como a CEO do Yahoo, Marissa Mayer, deve gastar todo esse dinheiro novo. Apesar de todo o trabalho que ela vem fazendo, Facebook, Google e Twitter continuam a tomar a receita publicitária do Yahoo. Segundo a eMarketer, a participação da empresa na receita de publicidade digital mundial deverá diminuir para 2,5% este ano, sendo que era 3,4% em 2012.
Suas preocupações, agora, são outras. Yang está em muitas vertentes da teia de conexões entre a Ásia e o Vale do Silício. Em 2013, ele entrou no conselho da Lenovo como observador sem direito a voto. Um ano depois, ajudou a gigante chinesa na decisão de comprar do Google a divisão de celulares da habitat Motorola por US$ 3 bilhões.
“Yang tem uma capacidade única de nos ajudar a entender como podemos construir pontes com a comunidade inovadora do Vale do Silício”, diz o CEO da Lenovo, Yang Yuanqing. Yang espera que mais dinheiro asiático alimente o setor de tecnologia norte-americano. “A cada semana há um novo fundo chinês sendo criado”, observa ele. Yang intermediou um dos primeiros aportes asiáticos bem-sucedidos no setor de mensagens, quando apresentou o Alibaba ao Tango. Embora tivesse seu próprio serviço de mensagens chinês, o Laiwang, o Alibaba queria ter presença fora do país e em março investiu US$ 215 milhões, avaliando o Tango em US$ 1 bilhão.
Yang, que tem assento nos conselhos da Workday, uma potência do software corporativo, e é vice-presidente da Universidade Stanford, destaca que o Vale do Silício tem a ganhar não só dinheiro da Ásia, mas também novos modelos de negócios. “A internet chinesa se afastou da mera cópia de serviços dos Estados Unidos”, diz ele. Heróis tecnológicos como o Alibaba têm sido capazes de “pular uma geração de logística de pagamento e comércio” que a Amazon e o eBay tiveram de atravessar, e usam o feedback do cliente para atualizar seus produtos várias vezes por mês.
O site chinês de viagens Shijiebang, startup fundada pelo ex-chefe do Yahoo China e um dos poucos investimentos asiáticos de Yang, vende planos de viagem automatizados e personalizáveis a turistas. “Na China, à medida que as pessoas obtêm maior poder de consumo, precisam sentir que não estão recebendo um atendimento padronizado. A questão é se você é capaz de desenvolver produtos e serviços para satisfazer essa tendência”, diz Yang.
O Wish, outro investimento de Yang, está emulando o sucesso de aplicativos de comércio eletrônico chineses que vendem produtos diretamente aos clientes. Ele arrecadou US$ 79 milhões. “Eles estão começando a entregar itens de lista de desejos, desde bonecas até ursinhos de goma de 2 quilos, e de repente estão criando uma grande demanda, sendo que alguns dos comerciantes são provenientes da China”, diz ele.
Yang também tem aprimorado suas credenciais de ponte Oriente-Ocidente por meio da arte. A caligrafia e as redes sociais são muito parecidas, diz Yang, já que os artistas de elite instruída da China faziam acréscimos ao trabalho uns dos outros e inclusive deixavam comentários em certos pergaminhos.
Nenhuma de suas 200 peças de caligrafia chinesa está pendurada em seu escritório nem em sua casa. Depois de serem expostas em São Francisco e Nova York, elas vão para instalações de armazenamento na região da Baía de São Francisco. Quando Yang fala de sua coleção de arte e bebe chá verde, não é difícil ver os paralelos em sua reinvenção como mensageiro entre o Vale do Silício e a China: “Eu sou um guardião nestas décadas em que as tenho”.