Já pensou se o esgoto pudesse ser uma ótima maneira para encontrar e entender surtos de doenças? Em 2010, o geneticista Eric Schadt entendeu que os germes que infectam as pessoas nos rodeiam por todo canto. Logo, as águaspodiam estar infectadas também. Por que, então, não olhar para eles usando a tecnologia de leitura de DNA?
Um exemplo de como o estudo funcionaria: funcionários da saúde pública jánão teriam de esperar por alguém que tivesse uma febre para saber que o vírus Ebola estáem Manhattan, eles seriam alertados pelas sequências provenientes dos esgotos e ainda poderiam identificar exatamente em quais bairros e regiões o vírus estaria mais concentrado.
Schadt tentou o projeto a partir de amostras dos esgotos de San Francisco, mas por conta do alto preço da empresa sequenciadora de DNA PacBio, a prática se tornou apenas um projeto. Apesar disso, Christopher Mason, professor de Weill Cornell Medical College, pegou uma versão mais simples da ideia, aplicando compressas de algodão nas superfícies de Nova York para criar um mapa genético de germes que serárevelado no início deste ano.
Mas Schadt ainda quer um mapa mais detalhado produzido automaticamente a partir e diretamente do esgoto. Serápossível? Um novo sequenciador de DNA, feito pela Oxford Nanopore, também éum aparelho preciso. Quem sabe o que outra geração de tecnologia pode nos trazer?