Parmy Olson
É claro que a tecnologia dos dias de hoje auxilia – e muito – no monitoramento de algumas funções do corpo como batimento cardíaco, durante exercícios físicos. Apesar disso, os wearables ainda não são capazes de monitorar o que acontece dentro do sistema sanguíneo. Pelo menos não até agora.
A Echo Labs, uma pequena startup nascida da incubadora da Universidade de Standford, pode ser a primeira a levar o monitoramento a outro nível. O protótipo que a equipe desenvolveu ao longo dos dois últimos anos é capaz de medir oxigênio, CO2, PH, hidratação e a pressão no sangue por meio de sinais óticos.
Você pode imaginar que empresas como Jawbone, Fitibit e a Apple com seu Apple Watch já estão tentando trabalhar em algo parecido. Apesar disso, a Echo Labs é a primeira a divulgar detalhes do projeto. O produto ainda não está pronto para ser vendido, mas os fundadores Pierre-Jean Cobut e Elad Ferber estão buscando companhias na área de farmácia, biotecnologia e até mesmo fabricantes que se interessem por seu produto.
O protótipo funciona da seguinte maneira: uma luz e um algoritmo desenvolvido são capazes de medir o conteúdo sanguíneo. “Todas as moléculas respondem a qualquer estímulo de luz”, conta Cobut. “Se você sabe qual é a frequência, pode identificar a molécula”. Moléculas de oxigênio e de CO2, por exemplo, tem perfis diferentes e reagem de maneiras diferentes quando em contato com luz específica.
Medição por meio de luz não é nada novo. Hospitais, por exemplo, medem o nível de oxigênio em seu pulmão ao colocar aquele pequeno aparelho no dedo com uma luz infravermelha. Acontece que ele só funciona se não houver nenhum outro estímulo do lado de fora, como movimento ou outras luzes. Este é o diferencial da startup. É possível que a medição aconteça mesmo quando o usuário está em movimento.