A queda nas ações da China tem prejudicado muita gente, de bilionários a pequenos investidores. Quando FORBES publicou a lista anual dos homens mais ricos do mundo, os 205 chineses somavam, juntos, US$ 565 bilhões – US$ 200 bilhões a mais do que em 2014. Desde que a bolsa de valores de Xangai chegou ao seu auge, em 12 de junho, eles já perderam US$ 195 bilhões.
O homem mais rico da China, Wang Jianlin, perdeu US$ 6,5 bilhões, mas ainda assim tem a maior fortuna da Ásia: US$ 32,3 bilhões. Em junho, ele tinha passado Jeff Bezos na lista e se tornado o 10º colocado. As ações da Tencent, maior portal de internet no país, caíram 13% e, consequentemente, o presidente da empresa, Pony Ma, perdeu US$ 1,2 bilhão.
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O bilionário mais afetado foi Wang Wenyin, investidor da Amer International Group, fabricante de cabos e cobre. O chinês perdeu US$ 7,3 bilhões no último mês. O presidente da Alibaba, Jack Ma, também foi afetado e amargou um prejuízo de US$ 3,7 bilhões. Um dos motivos foi a abertura de capital da empresa, em setembro, deixando-a mais vulnerável.
Apenas cinco entre os 205 bilionários chineses não perderam dinheiro desde 12 de junho. Ma Jianrong, investidor do mercado de exportação de roupas, foi o único que ficou mais rico neste período. O crescimento da fortuna de Jianrong foi de US$ 95 milhões.
O mercado de ações da China parece uma montanha russa, especialmente para os milhões de investidores de varejo. A bolsa de Xangai teve queda de 31% desde o meio de junho, depois de crescer 60% e chegar ao auge.
Em Hong Kong a situação também preocupa. No mesmo período, a bolsa local caiu 25%. Mais de 1.300 empresas suspenderam as vendas e o governo tenta controlar o mercado.