Pequenos supermercados de bairro viraram alvo do GPA, que iniciou sua trajetória em 2008 com o Minimercado Extra, com proposta de atender a classe C. Ano passado, no entanto, o grupo começou a perceber que os consumidores de maior poder aquisitivo procuravam mais do que o básico nas unidades ao lado de casa. Uma vodca Grey Goose, um chocolate Baci da Perugina, uma manteiga francesa, um biscoito importado do Casino, itens de padaria de melhor qualidade e várias opções de congelados. Foi assim que nasceu, em maio de 2014, o Minimercado Pão de Açúcar, uma espécie reduzida da marca-mãe com os melhores produtos e, claro, foco no público A/B.
Somando as duas bandeiras, são 270 lojas no formato para administrar. “Até a metade do ano, serão 300 unidades”, afirma Renato Girola, diretor executivo de proximidade. “O mercado de proximidade é latente dentro das grandes cidades que vivem com muito trânsito e população sem tempo. A ideia é gastar de dez a 20 minutos dentro da loja”, calcula o comandante da operação, durante visita ao Minuto na Rua Pamplona, na capital paulista.
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As lojas têm entre 140 e 400 metros quadrados. “Mais do que isso vira Pão de Açúcar.” Vaga de estacionamento? Vai depender da loja, que poderá não ter ou ter duas, quatro ou um pouco mais. O preço é exatamente o mesmo da bandeira-mãe e o programa de fidelidade Cliente Mais também funciona. Entre as gôndolas que mais chamam a atenção: as de vinhos, cervejas especiais, queijos e padaria. Cerca de 50% dos itens à venda na loja são perecíveis. “O tíquete desse tipo de loja é o dobro do tíquete médio do Minimercado Extra”, conta. A margem também é melhor. No Minuto, passam por volta de 700 pessoas por dia por unidade. Já no Minimercado, são 500 visitantes/dia por loja.
A ideia é atrair a população no entorno de até 600 metros. Como não há espaço nas lojas, o estoque é baixo, o que demanda entrega diária e a construção de um centro de distribuição dedicado às duas novas bandeiras, já implementado na capital paulista.