O grupo Anheuser-Busch InBev, que tem o bilionário Jorge Paulo Lemann como um dos principais acionistas, divulgou nesta quarta-feira (7), sua terceira proposta para comprar a SABMiller: US$ 104 bilhões. A concorrente, no entanto, já rejeitou a oferta.
“A empresa rejeita, por unanimidade, a proposta, pois £ 42,15 por ação ainda está muito abaixo dos valores da SABMiller”, declarou a companhia, via comunicado.
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A proposta do grupo avaliaria a SAB, dona da Miller Lite e da Peroni, em cerca de £ 68 bilhões. A companhia de Lemann revelou que a proposta foi feita porque ela acredita que “a união poderia resultar em uma verdadeira cervejaria global, que ocuparia os principais lugares na lista de produtos mais vendidos do mundo”, como afirmou em comunicado a acionistas.
Esta foi a terceira proposta de compra do grupo desde o meio de setembro. A SABMiller, com sede em Londres, já rejeitou ofertas de £ 38 e £ 40 por ação. Mas a AB InBev não parece disposta a desistir. Segundo a empresa, a fusão das multinacionais poderia criar uma receita anual de US$ 64 bilhões e lucros EBITDA, antes da dedução de impostos, de US$24 bilhões, o que supera as vendas da Coca-Cola, iguala-se a Unilever e PepsiCo e fica atrás apenas de Nestlé e a P&G no setor.
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Além disso, ainda de acordo com a AB InBev, a união também aumentaria a exposição da marca em mercados emergentes, particularmente no continente africano, onde é esperado que o PIB cresça de forma considerável nos próximos anos.
“Dada a proporção que a fusão das empresas teria, é possível afirmar que a nova companhia operaria em praticamente todos os principais mercados de cerveja do mundo, incluindo regiões com grandes perspectivas de crescimento, como a África, Ásia, América Central e América do Sul”, completou.
A SABMiller, com matriz em Londres, é a segunda maior do mundo e tem marcas como Coors Light, Miller Light, Blue Moon, Peroni, Nastro Azzurro e Grolsch. Foi criada em 2002, quando a South African Breweries adquiriu a Miller Brewing Company, a segunda maior empresa de cervejas dos Estados Unidos.
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Uma fusão entre as duas gigantes tem sido tema de especulação há anos. O maior acionista da AB InBev é a empresa de ativos privados brasileira 3G Capital, conhecida por adquirir negócios, baixar custos e buscar expansão global. Ainda esse ano, a 3G Capital, do trio de bilionários brasileiros Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Telles estava por trás da fusão entre a Kraft e a Heinz.
Em seu comunicado, a SABMiller explica que revela a decisão sem comunicar previamente à AB InBev.