O mercado brasileiro de taxi aéreo é composto por algo em torno de 160 companhias; gira, ao ano, US$ 80 milhões. O setor se insere na categoria do luxo, também, mas ainda mais na dos negócios: empresários que precisam assinar rapidamente – e presencialmente – um contrato, muitas vezes em locais de difícil acesso como Rondonópolis (MT) ou Barreiras (BA), usam um jato particular para alcançar seus parceiros por necessidade, não capricho. O país é dono da 2ª maior frota de aeronaves executivas do planeta – apenas os EUA estão à nossa frente. Mas vale a pena cada empresário ser dono do seu próprio helicóptero ou jatinho? Certamente não. Muitos são, então, alugados por empresas especializadas. E agora acaba de surgir o Aerobid, uma plataforma on-line para cotação e contratação de jatos e helicópteros.
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“Nossa companhia engloba um site – aerobid.com.br – e um app onde, de forma bastante prática e intuitiva, os usuários conseguem rapidamente obter uma estimativa de preço para determinada viagem”, conta Fernando Lacerda, ex-diretor de vendas da Bombardier e Embraer que está lançando o empreendimento. “Com base nas informações essenciais da viagem, tais como ponto de origem e destino do voo, número de passageiros e data, conseguimos apresentar as categorias de aeronaves mais adequadas para aquele voo específico”. O processo todo, conta, dura cerca de 1 hora.
“É consenso que o ponto de equilíbrio para justificar a propriedade de uma aeronave executiva requer o uso de uma média de 20 horas mensais de voo. Abaixo desse número, o fretamento é a solução economicamente mais viável”, conta Lacerda. Sua empresa surgiu para tornar mais econômica e eficiente aos clientes a locação de uma aeronave executiva, por um lado, e fazer com que o maior número possível de companhias tenha acesso a tal demanda.
O Aerobid, em si, não é dono de avião algum, nem tampouco de nenhum helicóptero. Mas através dele as companhias e pessoas que desejarem alugar um aparelho desses terão acesso a 120 aeronaves pertencentes a 30 companhias, tais como Líder e TAM AE.
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“Nossa visão é de médio/longo prazo. Entendemos que estamos quebrando alguns paradigmas no sentido de proporcionar uma dinâmica inovadora na forma com que as pessoas acessam as empresas de fretamento de aeronaves. A receptividade de usuários e das companhias de taxi aéreo tem sido a mais positiva possível, o que reforça a percepção de que nos encontramos no caminho certo”, diz Lacerda. “Temos, contudo, ciência do momento econômico que o País atravessa. Mas, mesmo nesse cenário, tenho visto que muitos proprietários de aeronaves passam a encarar com maior interesse a ideia de fretar uma aeronave, ao invés de suportar os custos de aquisição e manutenção de um aparelho próprio”, finaliza ele, confiante.