Não demorou muito para que empresas de cultivo de maconha perdessem o status cool e passassem a ser tratadas como qualquer outra companhia, o que significa serem processadas. No dia 5 de outubro, uma ação coletiva processou a companhia LivWell, cultivadora e armazenadora da erva no Colorado, EUA. A reclamação é que a empresa utiliza o pesticida Eagle 20 em pés da planta que são vendidos para consumidores.
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Em abril, 60.000 plantas da LivWell foram apreendidas para testes. No entanto, o resíduo encontrado estava dentro dos limites aceitos e o Departamento de Saúde Ambiental permitiu que as plantas fossem vendidas.
O dono da LivWell John Lord afirmou em comunicado que as plantas estavam seguras após os testes. No entanto, o grupo que move o processo discorda. Eles afirmam que, quando aquecido com um isqueiro comum, o Eagle 20 se transforma em um veneno conhecido como cianeto de hidrogênio. O grupo também disse que o pesticida é absorvido pela planta e, portanto, o teste residual não é efetivo. O processo declara que o Eagle 20 é perigoso para humanos e não é aprovado para uso em produtos de tabaco.
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Dean Heizer, chefe de estratégias legais da LivWell, divulgou um comunicado sobre o caso. “Nós acreditamos que as pessoas por trás desse esforço não querem ver a indústria de cannabis comercial ser bem sucedida”, disse. “Nós valorizamos a saúde e a segurança de nossos consumidores e pacientes e não temos nenhum interesse em comprometê-los. Nós nunca utilizamos uma substância proibida em nosso cultivo. Nós aderimos às regras e regulamentações mais recentes a respeito do cultivo e rotulagem do produto definida por nossos reguladores. Nós acreditamos que o litígio é cientifico, legal e factualmente frívolo e nós defendemos isso vigorosamente.”
De acordo com o processo, a LivWell usou o pesticida em janeiro, fevereiro e março de 2015. No entanto, o Departamento de Agricultura do Colorado nunca incluiu o Eagle 20 na lista de substâncias aprovadas. A companhia tem uma das maiores áreas de cultivo do mundo.
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Além disso, o processo também afirma que os clientes deveriam ter pago um preço menor pela maconha, porque se soubessem que não poderiam usar um isqueiro, o valor do produto sofreria um impacto. Eles querem indenizações pelo dinheiro que pagaram a mais.