Depois de quasecem anos de história, a Ferrari finalmente abriu capital na última quarta-feira (21). Como era de se esperar, o IPO foi um sucesso: US$ 52 por cada uma das 17,18 milhões de ações vendidas pela Fiat Chrysler, detentora de 90% da montadora de luxo. Isso trouxe ao grupo US$ 893 milhões e deixou a marca avaliada em cerca de US$ 10 bilhões.
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Com os outros 10%, ou 18,89 milhões de ativos, está Piero Lardi. Filho de fora do casamento de Enzo Ferrari, o italiano é o único herdeiro vivo do fundador da marca e, a partir de agora, o primeiro bilionário relacionado a ela, como FORBES já havia previsto. Só pelo preço de ações do IPO estima-se que ele tenha US$ 982,28 milhões. Ao todo, FORBES estima sua fortuna em cerca de US$ 1,38 bilhão.
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Segundo os documentos do IPO, Piero pode pegar parte de algumas ações, o que poderia deixar sua participação na empresa em 10,5%, enquanto seu poder de voto seria fixado em 15,3%. Ele tem ainda alguns ativos em seu nome. Com seus dois filhos, é dono da empresa de serviços de engenharia automotiva HPE-COXA, que tem como cliente, claro, a escuderia Ferrari. A empresa teve uma receita de US$ 10,8 milhões em 2014, de acordo com a consultoria Orbis. Piero tem ainda uma pequena porcentagem (1,95%) na italiana Piaggio Aero, a primeira empresa europeia de aviação a construir um drone.
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O caminho da Ferrari ao topo não foi fácil. Desde problemas enfrentados há um século, na Primeira Guerra, a resistência a pilotos italianos e acidentes fatais em corridas nos anos 1950 e 1960. Hoje, a montadora tem uma fatia mundial de 23% no mercado de carros de alto luxo e receita de US$ 3,14 bilhões.