Um dos maiores benefícios de explorar o espaço é ver a Terra de cima. Pensando nisso, uma nova câmera espacial em fase de desenvolvimento permitirá que cientistas observem fenômenos naturais, como tempestades, secas e queimadas, com mais clareza.
A plataforma, resultado de uma colaboração entre a Universidade La Trobe, na Austrália, e o Centro Aeroespacial Alemão (DLR), é chamada de “DLR Earth Sensing Imaging Spectrometer (DESIS)” e será integrada ao equipamento de imagem da Estação Espacial Internacional, o Multi-User System for Earth Sensing (MUSES).
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Peter Moar, pesquisador da Universidade de La Trobe, disse ao portal de notícias Mashable Australia que o equipamento é uma “câmera espacial hiperespectral que irá combinar novas técnicas óticas adaptativas com hardware e software de processamento especializado para criar ‘novas e incríveis’ imagens transbordando de informação sobre o meio ambiente terrestre.”
Moar sugeriu que as imagens capturadas com o DESIS serão um avanço significativo. “Há novas óticas nesta câmera que permitirão tirar imagens únicas que não foram feitas até agora, e que conterão novas informações”, disse ele. Segundo o pesquisador, as imagens serão usadas, predominantemente, para informar estratégias globais de agricultura e para minimizar e lidar com os danos de desastres naturais.
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“Com o grande território da Austrália, tecnologias como esta são cruciais para uma gerência efetiva dos desastres naturais”, disse Eddie Custovic, engenheiro e coordenador industrial do projeto, ao portal.
Primeiro, as equipes de La Trobe e o DLR precisam superar alguns desafios significativos de design. “Criar instrumentação para o espaço é, provavelmente, o ambiente de design mais desafiador”, disse Moar. O DESIS deve estar pronto para ser lançado para a Estação Espacial Internacional em novembro do ano que vem, segundo o pesquisador. Depois, haverá um período de teste de três meses antes de ser oficialmente ligado. “No meio de 2017, a câmera estará tirando algumas imagens muito legais da Terra”, previu.