O Uber pode dominar seu nicho nos Estados Unidos, mas ainda precisa de dinheiro para exercer o mesmo papel no exterior. Na última segunda-feira (11), o CEO da empresa, Travis Kalanick, disse em um evento em Pequim que a UberChina, unidade de operação independente da startup no país oriental, fechou uma rodada de investimentos que fez com que passasse a valer US$ 7 bilhões.
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O Uber precisa deste dinheiro na China porque está travando uma batalha pelo mercado do país. Na semana passada, seu principal concorrente, o Didi Kuaidi, anunciou que é o “líder do mercado” em todas as 259 cidades onde oferece serviços de carros privados, incluindo 90% de Pequim, lar de 21 milhões de pessoas, onde a empresa tem mais de 1 milhão de pedidos diários. Ontem (11), Didi também anunciou que registrou 200 milhões de corridas feitas em dezembro e 1,43 bilhão em todo o ano de 2015.
Didi levantou US$ 4 bilhões e é avaliado, agora, em US$ 16 bilhões, o que o torna mais de duas vezes mais valioso do que a unidade UberChina. No entanto, globalmente o Uber levantou US$ 2,1 bilhões apenas no mês passado e é avaliado em US$ 60 bilhões.
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Relatórios iniciais sugerem que o UberChina tem, agora, múltiplas novas empresas chinesas como investidores, além do investidor anterior, o gigante de buscas Baidu. Entre os novos investidores estão a companhia aérea HNA Group, a montadora Guangzhou Automobile e a empresa de seguros China Life Insurance.
De acordo com a agência de notícias Reuters, Kalanick disse, no evento, que o Uber está investindo lucros de outras cidades ao redor do mundo na China: quase US$ 1 bilhão até então.