O lucro líquido da General Motors alcançou o recorde de US$ 9,7 bilhões em 2015, graças a fortes vendas nos Estados Unidos e na China, e a empresa diz que não compartilha os temores de investidores que a cíclica indústria automotiva atingiu seu pico.
“Nós estamos bem preparados para a recessão. Mas não pensamos que ela virá em breve”, disse o CFO Chuck Stevens a repórteres na semana passada. “Nós acreditamos que os fundamentos da indústria e da economia indicam que veremos a indústria norte-americana forte nos próximos anos.”
Stevens disse que os ganhos de US$ 10,8 bilhões da GM antes dos impostos demonstram uma nova disciplina dentro da empresa para administrar seu capital eficientemente ao mesmo tempo em que investe para o futuro. A montadora está no caminho, disse ele, para cortar US$ 5,5 bilhões em custos anuais até 2018, o que irá mais que compensar os investimentos em novas tecnologias como carros conectados e autônomos.
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“Foi um ano forte em muitas frentes, com vendas e lucros recordes, e um substancial retorno de capital a nossos acionistas”, disse a CEO Mary Barra. “Nós continuamos a fortalecer nosso negócio principal, que estabelece as bases para a empresa liderar a transformação de mobilidade pessoal. Nós acreditamos que as oportunidades que isso irá criar em conectividade, autonomia, compartilhamento de carros e eletrificação irá definir o valor da direção para nossos proprietários durante os próximos anos.”
A receita da empresa caiu para US$ 152,4 bilhões, de US$ 155,9 bilhões em 2014, o que foi atribuído às taxas de câmbio estrangeiras.
Na América do Norte, o lucro operacional da GM alcançou o recorde de US$ 11 bilhões, diante de US$ 6,6 bilhões há um ano. Com base nessa performance, os 49.600 trabalhadores da United Auto Workers receberão pagamentos de participação nos lucros de até US$ 11.000.
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Na Europa, a GM diminuiu suas perdas operacionais no ano passado para US$ 800 milhões, em 2014 esse valor foi de US$ 1,4 bilhão, e Stevens disse que a empresa está no caminho para atingir um nível de equilíbrio em 2016, como prometido. A GM atingiu este ponto na América do Sul no quarto trimestre, mas perdeu US$ 600 milhões no ano em meio a turbulências econômicas contínuas.
Na China, a GM ganhou US$ 2,1 bilhões em equivalência patrimonial de suas empresas conjuntas, quase o mesmo do ano passado. A montadora também ganhou US$ 800 milhões em serviços financeiros, igual a 2014.
No ano passado, a GM retornou aproximadamente US$ 5,7 bilhões aos investidores, incluindo US$ 2,2 bilhões em dividendos de ações ordinárias e US$ 3,5 bilhões através de um programa especial de recompra de ações. Entretanto, as ações da empresa caíram 17% em 2015.