Após aventurar-se pela primeira vez no universo infantil com o lançamento em fevereiro deste ano de uma coleção voltada para esse público, o estilista Karl Lagerfeld prepara-se para entrar em mais um novo segmento: o de joias. Sua grife homônima, especializada em vestuário e acessórios para mulheres e homens, vai fechar uma parceria no ramo de joalheria. “O Karl tem uma grande afinidade com joia. É um elemento que está ligado ao seu coração. Estamos prestes a embarcar em uma parceria nesse segmento”, afirma Pier Paolo Righi, CEO da Karl Lagerfeld. A venda dos produtos da nova linha começará este ano, mas o executivo faz mistério sobre quem será o parceiro da marca.
Lagerfeld sempre aparece em público de terno, camisa de gola alta, luvas e óculos de sol, mas um detalhe muda constantemente em suas produções: as joias. É comum vê-lo com colares, broches e anéis. O estilista, que também é diretor criativo da Chanel e da Fendi, tem dado mais atenção ao assunto nos últimos tempos. Apesar de não ser responsável pela área de joalheria da Chanel, no final do ano passado ele desenhou uma coleção de joias para uma exposição da marca realizada na galeria Saatchi, de Londres. Em 2012, Lagerfeld elaborou um colar de 29 mil libras para uma exposição na feira de artes e design London Masterpiece.
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A grife Karl Lagerfeld possui 60 lojas – sendo a metade franquias – espalhadas pela Europa, Oriente Médio e Ásia. Pier Paolo Righi esteve no Brasil esta semana para lançar uma coleção cápsula da marca em parceria com a Riachuelo. A linha é composta por 75 itens, entre roupas e acessórios femininos, com preços que variam de R$ 50 a R$ 400. Righi afirma que a marca tem intenção de abrir lojas no Brasil, mas somente daqui a dois anos ou mais. “Tudo tem que ser feito passo a passo. A parceria com a Riachuelo é uma oportunidade para testarmos o mercado brasileiro”, afirma. A próxima fase é encontrar um parceiro ideal. “Ele pode ser uma varejista, como a Riachuelo, ou um parceiro para explorar franquias”, afirma Righi.
No mercado norte-americano, por exemplo, a marca decidiu entrar através de uma joint venture com o G-III Apparel Group. A partir de setembro, os produtos da Karl Lagerfeld serão vendidos em lojas de departamentos como Saks e Bloomingdale’s. A fase seguinte será a abertura de lojas em Nova York e Los Angeles. “Estamos procurando um local no Soho, região de Manhattan que combina com nossa marca”, afirma. Em meados de abril, a Karl Lagerfeld inaugurou sua primeira loja na Coreia do Sul. Presente na China com oito pontos de venda, o próximo passo será abrir unidades no Japão.
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A Karl Lagerfeld define-se como uma grife de luxo acessível. “Nosso público abrange desde as mulheres mais maduras, que usam Chanel, às jovens na faixa dos vinte e poucos anos conectadas às mídias sociais e interessadas nas últimas tendências”, afirma Righi. “Um item que pode ser comprado por 4 mil euros na Chanel é vendido por 500 euros na Karl Lagerfeld”, compara.