A Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) divulgou nessa terça-feira (12) o balanço de 2015 do mercado da música. E, logo de cara, uma constatação: o formato digital está a passos largos para a dominação mundial. As plataformas digitais já representam 45% das movimentações de todo o mercado em 2015 e a receita gerada por elas, pela primeira vez, ultrapassou o gerado pelas mídias físicas, tradicionais.
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Em 2015, a música movimentou US$ 15 bilhões, um aumento de 3,2% em relação a 2014. As vendas digitais cresceram 10,2% no mesmo período, enquanto as vendas físicas caíram 4,5%.
A América Latina foi o continente mais importante para o crescimento digital, onde o streaming teve um estouro de 80,4% em relação a 2014. No mundo todo, o número de assinantes de serviços de streaming cresceu 66% em um ano – hoje, 68 milhões de pessoas ouvem música por meio dessas assinaturas.
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Os números mostram também uma mudança de comportamento online: apesar do enorme crescimento do streaming, o download caiu 10,5%. Ou seja, as pessoas estão baixando menos música, ocupando menos espaço nos seus HDs, pendrives e celulares, e deixando suas músicas preferidas nas nuvens do streaming.
Direitos autorais
O valor dos direitos autorais arrecadados em 2015 cresceu 4,4% e chegou a US$ 2,1 bilhões. Mas a IFPI critica os serviços de streaming que não dependem de assinaturas, como o YouTube. Segundo o relatório, eles repassam um valor muito baixo se levarmos em consideração a sua popularidade.
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A IFPI calcula que os royalties médios do Spotify por usuário foram de US$ 18 em 2014, o último ano para o qual há dados disponíveis. Já o valor médio por usuário do YouTube foi de “menos de US$ 1”, afirma o relatório.