A Pfizer tem apostado alto em tecnologias de dispositivos médicos que melhoram o atendimento a seus clientes. O foco da vez são os portadores de Parkinson. Em parceria com a IBM, a empresa desenvolveu sistemas de sensores, dispositivos móveis e máquinas que podem entregar, em tempo real, sintomas e monitoramentos de quem sofre com a doença a médicos e pesquisadores.
Peter Bergethon, vice-presidente e chefe de medicina quantitativa da Pfizer, explicou que o interesse da companhia é investir tanto na parte de pesquisa quanto na área comercial. “Não queremos apenas que alguém se sinta melhor, mas que seja possível identificar mais cedo quais são os pacientes que precisam de tratamento e qual a progressão da doença”, explica.
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O sistema medirá as indicações de saúde, incluindo as funções motoras, discinesia, cognição, sono e atividades básicas diárias, como higiene, vestimenta e alimentação. Com esses dados, clínicos poderão analisar e compreender melhor o efeito das medicações sobre os pacientes, assim como a progressão da doença, o que lhes permitirá ajustar o regime de tratamento do paciente conforme o necessário.
“O sistema será capaz de dizer à farmacêutica o desempenho de seus produtos e aos pacientes, médicos, reguladores e companhias de seguro de saúde”, afirma Bergethon.
O objetivo da Pfizer é iniciar os testes piloto até 2018 para cerca de 200 pacientes, que serão selecionados por meio de inscrições e divididos entre os que já passam por acompanhamento e os que ainda não. Bergethon explicou que a companhia tem um projeto ambicioso, mas o aparelho é só mais um passo em direção ao tratamento, já que não oferece nenhum efeito colateral, além do acompanhamento da progressão da doença e das respostas dadas pelo paciente. O objetivo é que a tecnologia melhore a qualidade de vida ou até, quem sabe, auxilie até a chegada a uma possível cura.
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Como a Pfizer e a IBM ainda não constituíram seus protótipos, não há mais detalhes de suas formas. Mas afirmam que serão pouco invasivos, para que os pacientes não sintam tanto a interferência do dispositivo em seu cotidiano.
Atualmente, são muitas as drogas aprovadas no mercado para o tratamento dos sintomas de Parkinson, mas não há uma sequer que busque reverter os efeitos da doença. Além disso, o uso contínuo e prolongado de um dos componentes pode causar muitas outras consequências. Apesar dos avanços da medicina que melhoraram muito desde 1960, quando o primeiro medicamento para combater os sintomas da doença foi lançado, a taxa de mortalidade permanece praticamente inalterada.