Assine
  • |BrandVoice
  • |Carreira
    • C-Suite
    • Leading the future
  • |Colunas
  • |Eventos
  • |Forbes Agro
    • Agroround
  • |Forbes Cast
  • |Forbes Collab
  • |Forbes Life
  • |Forbes Money
    • Forbes MKT
    • Bilionários
  • |Forbes Motors
  • |Forbes Mulher
    • Minha Jornada
    • Mulheres de sucesso
  • |Forbes Saúde
  • |Forb(ESG)
    • Schneider Electric Voice
  • |Forbes Store
  • |Forbes Tech
  • |Forbes WSB
  • |Geral
  • |Infomercial
  • |Listas
    • Agro100
      • Agro100 2023
      • Agro100 2022
    • Bilionários Brasileiros
      • 2023
      • 2022
      • 2021
    • Bilionários do mundo
      • BILIONÁRIOS DO MUNDO 2024
      • Bilionários do mundo 2023
      • Bilionários do mundo 2022
    • Forbes 50+
      • Forbes 50+ 2024
      • FORBES 50+ 2023
      • Forbes 50+ 2022
      • Forbes 50+ 2021
    • Heart Billions
    • Melhores CIOs do Brasil 2024
    • Mulheres de sucesso
    • Under 30
      • Under 30 2024
      • Under 30 2023
      • Under 30 2022
      • Under 30 2021
      • Under 30 2020
      • Under 30 2019
      • Under 30 2018
      • Under 30 2017
      • Under 30 2016
      • Under 30 2015
      • Under 30 2014
  • |Últimas notícias
  • |Under 30
    • Under 30 2024
    • Under 30 2023
    • Under 30 2022
    • Under 30 2021
    • Under 30 2020
    • Under 30 2019
    • Under 30 2018
    • Under 30 2017
    • Under 30 2016
    • Under 30 2015
    • Under 30 2014
  • |Anuncie na Forbes Brasil
  • |ASSINE
  • |Fale conosco
  • |Newsletter
  • |Sobre a Forbes
  • |Termos e condições
  • |Revista digital
    Seja um assinante

Início / Negócios / Como a ex-ministra Cláudia Costin quer transformar a educação no Brasil

Como a ex-ministra Cláudia Costin quer transformar a educação no Brasil

Brasileira ocupava o cargo de diretora global de educação no Banco Mundial

Marcos Sergio Silva
25/09/2016 Atualizado há 9 anos

Acessibilidade

Cláudia Costin (Carol Carquejeiro)
Cláudia Costin (Carol Carquejeiro)

Cláudia Costin deixou seu cargo no Banco Mundial para investir em um think tank de educação no Brasil (Carol Carquejeiro)

Cláudia Costin está de volta ao espaçoso apartamento em Higienópolis, na região central de São Paulo. Reencontrou seus 8.000 livros espalhados pelas salas e quartos e a vista do vale do Pacaembu no prédio que, antes de ser construído, a viu nascer num antigo sobrado. Mulher de causas e de desafios, propõe-se mais um: um think tank de política educacional, um grupo estratégico para encorajar governos e empresários a investir no setor. Algo que transcenda o público e o privado.

NÃO PERCA: 10 melhores universidades do Brasil em 2016

Filha de um empresário romeno — Maurice Costin, dono de uma fábrica de brocas e ferramentas de corte — e de mãe húngara, Cláudia cumpria até o início de julho o mandato de diretora global de educação do Banco Mundial, em Washington (EUA). Antes, havia sido funcionária pública de carreira, tendo ocupado cargos na administração federal, nos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, e nas esferas estadual (no governo paulista de Geraldo Alckmin) e municipal (com o prefeito Eduardo Paes, no Rio de Janeiro). Permaneceu longe da capital paulista até se entregar com mais cinco pessoas ao projeto educacional, que deverá ter sedes em São Paulo, na
capital fluminense, em Brasília e nos Estados Unidos.

“Eu tinha mandato [no Banco Mundial] e ele acabou agora. Eu poderia ficar, se quisesse. Mas quero criar este think tank sobre política educacional. Foram bárbaros esses dois últimos anos. Conheci os problemas da educação no mundo inteiro. Estive em seis continentes. Mas eu não vou deixar as coisas como estão na educação do [meu] país. Minha ideia é ajudar prefeitos e governadores a pensar a política educacional, participando do processo de discussão sem me envolver com partidos e quadros políticos”, afirma.

A dedicação à educação foi uma decisão tomada há dez anos, quando completou 50 anos. Na época, Cláudia havia acabado de deixar a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Tinha sido alvo de críticas ao assumir o cargo, justamente porque o seu perfil, no governo federal, era de gerenciadora da máquina pública — foi ministra da Administração de FHC. “Quando fiz 50, tomei duas decisões: ler todos os livros que as pessoas falam e nunca havia lido — sabe aqueles que são ‘os livros’, patrimônios da humanidade? A segunda era passar a correr. E todo mundo riu, porque eu não fazia exercício nenhum. Na minha geração, ou você era atleta, ou você era intelectual. Como eu era a intelectual, eu não fazia nem ginástica.”

LEIA MAIS: Como Jorge Paulo Lemann está investindo na educação para mudar o Brasil

A opção a fez virar secretária da Educação da Prefeitura do Rio de Janeiro, na gestão Eduardo Paes. Cláudia sempre expõe os números conseguidos durante o seu período na pasta, sobretudo com o programa Escolas do Amanhã, que priorizava unidades educacionais em locais mais vulneráveis à pobreza ou ao tráfico e com piores índices de desempenho escolar. “A média de melhoria da rede foi de 22% no nono ano [de implantação]. Nas Escolas do Amanhã, esse incremento foi de 33%. E mesmo assim não chegou no nível da rede [carioca]. Naturalmente, em um bairro que tem tiroteio todos os dias, as escolas fecham. Mas o índice de evasão escolar também caiu brutalmente para menos da metade no nono ano [de escolarização], que é quando o tráfico recruta, as milícias recrutam as crianças para trabalhar.”

Cláudia descobriu tardiamente suas origens. Quando ela tinha 37 anos, a mãe húngara — que hoje, vítima de Alzheimer, mora no apartamento logo abaixo da ex-ministra — contou, em livro escrito à mão, o vínculo da família com o judaísmo. Até então, a paulistana, que estudou no Colégio Sion, também em Higienópolis, havia tido formação católica. A principal descoberta foi a de que o pai Maurice, morto em 2012, na verdade havia pegado emprestado o sobrenome Costin para escapar das perseguições a judeus na Europa dos anos 1940. O popular sobrenome romeno substituiu o Calmanovici — cujos remanescentes hoje resistem em Moldova, antiga república soviética ao norte da Romênia, também conhecida como Bessarábia.

“O mundo da empresa privada esteve muito presente na minha formação”, diz. “O meu pai é um romeno que, depois de ter ido para a França, veio pra cá fugindo do pós-guerra e conheceu minha mãe, também europeia. Nenhum dos dois fizeram faculdade, mas construíram a vida deles. Meu pai tinha uma empresa que nasceu pequena e foi crescendo. Eu fui, de algum jeito, trabalhada para ser a sucessora.”

RANKING: 70 maiores bilionários do Brasil em 2016

A diretora global de educação do Banco Mundial optou, no entanto, por outra via: a da militância política. Chegou a ser presa duas vezes durante o regime militar, e participou de grupos clandestinos de esquerda, como o PRC (Partido Revolucionário Comunista). “Eu, muito progressista, queria mudar o mundo, e participei muito cedo de movimentos estudantis. Não queria assumir a empresa. Por conta de uma série de motivos, sabia que queria trabalhar com educação, queria fazer psicologia.”

Os rumos mudaram com a morte do irmão mais velho. O pai, então, pediu que ela se preparasse para assumir a empresa familiar. “Eu não queria de jeito nenhum! Na minha cabeça, era coisa de burguês. Mas também não queria magoar meu pai, ele já estava sofrendo demais. E descobri que a FGV tinha um curso de administração pública. Pensava: posso fazer ‘a revolução’ de noite e trabalhar de dia na máquina pública. Só contei para o meu pai que o curso era de administração pública depois. Aí, imagino que aceitou que administrar a empresa não era para mim.”

A empresa não, mas a gestão pública, sim. Costin passou um longo período trabalhando como concursada na Fundap (Fundação de Desenvolvimento Administrativo de São Paulo). “Aquilo foi tão bom”, lembra. “Tinha uma série de pessoas que queriam, a todo custo, fazer a política pública de uma outra maneira. Era um núcleo de gente que queria transformar, combater o clientelismo, fazer uma coisa mais transparente, para que a população enxergasse melhor o que é feito.”

Foi essa meta que perseguiu nos anos que dedicou à máquina federal, de funcionária de carreira à ministra da Administração do governo FHC. “Sempre achei que não fosse função do Estado produzir bens e serviços”, diz, sobre a proposta liberal da administração tucana. “Essa agenda [estatista] foi uma agenda dos militares, que aumentaram o tamanho do Estado. Tirando a Petrobras, que era uma questão de orgulho nacional — e olha depois o que fizeram com ela! Eu achava importante dotar o Estado de uma estrutura, e não de tantos cargos de confiança, e mais gente de carreira.”

A passagem pela máquina federal durou até 2000, quando assumiu pela primeira vez um cargo no Banco Mundial, o de diretora regional. Desde então, foi se afastando das políticas para o funcionalismo e se aproximando do perfil de educadora que sempre quis explorar. Como secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, a principal meta foi a de criar um público leitor. No Brasil, afirma, a média é de apenas três livros lidos por habitante por ano — baixíssima, mesmo se comparada à dos EUA, com apenas 10 livros.

Uma questão cultural, que ainda é sobreposta à econômica, mesmo com a suposta ascensão pré-crise da chamada “nova classe C”. Na edição 42 de FORBES Brasil, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, disse que a nova transformação do país viria pela ascensão cultural da sociedade.

Cláudia concorda. “Sobre a inclusão cultural da população que passou a ser classe média, é natural que tenham padrões estéticos distintos dos padrões da elite. É o repertório cultural acumulado. Eu tenho horror a preconceito cultural. Não é culpa deles que o gosto seja distinto. Mas eu acredito que esse preconceito seja ainda mais agravado porque as nossas elites também não são muito cultas. As nossas elites não frequentam museus no Brasil, só nas viagens. As crianças, os cidadãos em formação, vão a Disney quatro ou cinco vezes, mas não a museus incríveis que existem em alguns países. Nossas elites não levam seus filhos aos museus. Então, com que direito eu vou julgar os novos membros da classe média que têm um padrão estético distinto do meu, que só gostam daquilo que a televisão apresenta?”, questiona.

MUNDO: 10 melhores universidades do mundo em 2016

Cláudia visita uma experiência em Antares, subúrbio do Rio de Janeiro, para explicar como é possível transformar essa realidade. Lá, a educação ocupou o vácuo de poder público que estava então sob domínio do crime organizado. Foi uma ação do Estado, mas poderia ser da iniciativa privada — como algumas fundações ligadas a grandes empresas e bancos, como a Lemann (leia na página 36) ou a Itaú Social.

“Chegamos a um ponto em que a elite valoriza a educação, mas ela não sabe o que deve ser feito para valorizá-la”, diz. “Ela está entrando no ‘como [fazer]’. É importante que setores da sociedade atentem para o que o corporativismo [de professores] não vai necessariamente atentar — não basta remunerar melhor o professor; é preciso atrair talentos melhores e colocar o foco da política pública na criança, que deve estar no centro do processo educacional. Como fazer isso é a grande questão.” Cuja resposta ela começa a elaborar ainda este ano, com seu think tank.

Siga o canal da Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias de empreendedorismo, carreira, tecnologia, agro e lifestyle.

Tópicos

  • educação

As mais lidas agora

  • O gaslighting muitas vezes tem raízes na desigualdade e em estereótipos de gênero usados para manipular a realidade da vítima
    Carreira

    Como Identificar se Você Está Sofrendo Gaslighting – do Trabalho À Vida Amorosa

  • Rolex
    Forbes MKT

    Como a Rolex Domina o Mercado de Luxo por mais de 100 anos?

  • Trecho da interpretação de Isabela Merced como Dina
    Forbes Tech

    Isabela Merced É a Grande Revelação da Segunda Temporada de The Last Of Us

  • Forbes Saúde

    Duas Red Flags que Você Não Deve Ignorar no Início de um Relacionamento

Últimas Notícias

  • Com Agenda Lotada, Papa Leão Dá Continuidade Ao Legado de Francisco

  • Paulo Whitaker/Reuters

    Safra de Laranja 2025/26 de São Paulo e Minas Gerais Deve Crescer 36,2%

  • Novo Papa Buscará “Construir Pontes” com Trump, Diz Cardeal de Nova York

  • Divulgação/Suzano

    Suzano Fecha 1º Trimestre com Resultado Operacional Abaixo do Esperado

  • CSN

    Prejuízo da CSN no 1º Trimestre Sobe para R$ 731,6 Mi

  • Por Que a Geração Z Tem Dificuldade em Encontrar a Felicidade

Conteúdo publicitário

Membros Forbes Brasil
Faça seu login e leia a edição digital diretamente em seu dispositivo. Apenas para assinantes.
Seja um assinante→

Capa da edição impressa da revista ForbesCapa da edição impressa da revista ForbesCapa da edição impressa da revista ForbesCapa da edição impressa da revista ForbesCapa da edição impressa da revista ForbesCapa da edição impressa da revista Forbes
Capa da edição impressa da revista Forbes
Capa da edição impressa da revista Forbes
Capa da edição impressa da revista Forbes
Capa da edição impressa da revista Forbes
Capa da edição impressa da revista Forbes
Capa da edição impressa da revista Forbes

Seja um assinante →
logo Forbes
   — @forbesbr
  — @forbesbr
  — @forbesbr
  — yt/forbesbr
  — forbes brasil
Forbes Br.
+ Sobre nós
+ Forbes Store
+ Revista digital
+ Anuncie
+ Contato
Links úteis
+ Política de Privacidade
+ Newsletter
logo Terra
Cotações por TradingView

© Forbes 2025. Todos os direitos reservados.