As redes sociais já dominam o mercado publicitário nacional, pelo menos quando o foco está nos jovens. De acordo com uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (27) pela B2, agência especializada em público jovem, mais de 60% dos brasileiros entre 17 e 30 anos afirmam lembrar mais de campanhas em meios digitais, como Facebook, WhatsApp, Instagram e Twitter.
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A rede de Mark Zuckerberg é soberana. Mais de 35% dos entrevistados dizem lembrar imediatamente de anúncios feitos no Facebook. Este número é superior a mídias tradicionais, que concentram mais verba, como a TV aberta, com 32% das lembranças. O YouTube, por sua vez, passou a TV fechada: 14% dos jovens lembram da rede de vídeos do Google enquanto 10%, dos canais pagos.
Quando se chega à mídia impressa, a relação piora. Apenas 2% dos participantes fizeram relações com anúncios em revistas e jornais. Porcentagem muito inferior ao WhatsApp (6%) ou Instagram (10%), ambos do Facebook e que começaram a trabalhar com anúncios recentemente.
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“Muitas vezes existe uma miopia de como a marca se vê e como vê o jovem”, afirma Ricardo Buckup, CEO da B2. “Os jovens estão mais preocupados com conteúdos que façam sentido para eles.”
Feito com 2.600 jovens de todas as regiões do país, o “Radar Jovem 2016” também analisou o investimento publicitário de 60 grandes empresas nacionais. “Nem sempre os mais lembrados foram os que mais investiram”, afirma Buckup. Nenhuma das cinco companhias que mais investem em propaganda de acordo com o ranking de anunciantes de dezembro de 2015 foi lembrada pelos entrevistados.
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Isso, no entanto, não depende apenas do meio escolhido, mas da forma como o dinheiro é investido. Dos dez maiores anunciantes em publicidade digital no país, apenas dois (Coca-Cola e Itaú) tiveram suas marcas entre as dez mais lembradas.
“Vemos que a quantidade de marcas é muito pulverizada”, afirma Buckup. “É preciso criar um conteúdo que dialogue com este público. Entre as campanhas digitais mais lembradas, 41% dos jovens compartilhou o conteúdo com os amigos.”