Um acionista da empresa de identificação digital Jumio processou o bilionário brasileiro Eduardo Saverin e outros executivos da startup na semana passada sob a acusação de que eles tenham levado-a à falência, declarada em março deste ano.
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No processo, feito no Estado de Delaware, nos Estados Unidos, no dia 29 de setembro, a Bloso Investments Ltd. acusa Saverin e outros executivos de terem dirigido a Jumio sem recursos e atenção necessários durante anos. A falência da empresa teria protegido os interesses dos executivos, mas resultou na perda total dos investimentos da Bloso, em cerca de US$ 5 milhões, diz o processo.
“Não há fundamentos para estas alegações. Saverin agiu com responsabilidade no cumprimento do seu papel como diretor”, defendeu um porta-voz do cofundador do Facebook, via comunicado. “Ele foi prejudicado tanto quanto – talvez mais do que – qualquer investidor da companhia pelas ações da antiga gerência e está considerando registrar suas próprias reclamações contra eles.”
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Bloso, sediado nas Ilhas Virgens Britânicas, afirmou que não teria investido na Jumio se Saverin e outros executivos não tivessem maquiado os resultados financeiros da empresa. De acordo com o processo, a companhia reportou sua receita como o total de transações de cartões de crédito feitas por meio dos seus serviços, em vez de apenas os 2% do valor, que era o que a startup cobrava.
Fundada em 2010, a ferramenta de identificação digital recebeu US$ 6,5 milhões de uma rodada liderada por Saverin em março de 2011. Cinco anos depois, em março de 2016, a empresa entrou em concordata e ninguém menos que o próprio Saverin se propôs a resgatá-la, por meio de outra companhia, a Jumio Acquisition, por US$ 3,7 milhões.