As startups usam diferentes estratégias para abalar o status quo e atrapalhar a vida dos concorrentes mais “tradicionais”. Um bom exemplo de uma companhia que fez exatamente isso e que está crescendo muito é a Uber, empresa de caronas compartilhadas, que transformou completamente o uso e a visão que os clientes têm dos táxis. O esforço da Uber já fez a empresa levantar bilhões de dólares com investidores, apesar do fato de que a companhia perdeu até agora US$ 1,2 bilhões em 2016.
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Mas até as companhias que estão abalando o mercado não estão imunes de se tornarem eventuais alvos também. Nesse caso, a startup Juno já está colidindo com a Uber, e sua estratégia para atingir seus objetivos está baseada na transformação de seus empregados em sócios.
Como dito em matéria deste mês da revista “The New Yorker”, os fundadores da Juno estão tentando atrair os motoristas do Uber e de outras empresas similares, como a Lyft, oferecendo taxas mais baixas e, também, não distribuindo ações da companhia. De acordo com a publicação, metade dos dois bilhões de ações foram reservados para os motoristas, mesmo que, tecnicamente, eles sejam apenas contratados e não funcionários da empresa.
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De acordo com a matéria, um problema dessa estratégia é que, a não ser que a Juno seja comprada ou que ela consiga vender as suas ações para o público, esse compartilhamento será inválido. Também há o problema de a companhia não conseguir realmente vender suas ações aos contratados pela empresa. Mas, se esse processo for legal e a empresa obtiver sucesso, os resultados serão interessantes.
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A Juno pode servir de exemplo de uma companhia que utiliza a proposta dos funcionários se tornarem também sócios da empresa como uma vantagem positiva, sendo esse um modelo que outras companhias possam seguir no futuro.