Ginni Rometty, executiva da área de tecnologia, Chairwoman e CEO da IBM, adverte as pessoas para “aceitarem os riscos, terem grandes objetivos e nunca deixarem ninguém dizer o que é possível.”
“Quando meu pai nos deixou, minha mãe imediatamente voltou a estudar”, revela Rometty durante uma conversa na última quarta-feira (19). “Ela ia para a faculdade durante o dia, enquanto estávamos na escola, e trabalhava à noite. Ela trabalhou muito para nunca deixar alguém defini-la como uma vítima ou como uma fracassada.”
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A executiva aconselha que as mulheres de hoje que focam em sua carreira devem se esforçar e se impulsionar para enfrentar os desafios. “Nunca deixe alguém definir quem você é. Apenas você pode definir isso.” Ginni começou como uma engenheira de sistemas na IBM em 1981, e cresceu dentro da companhia. Ela é presidente e CEO desde 2012.
As declarações foram feitas durante seu discurso na Grace Hopper Celebration for Women in Computing, uma conferência de reúne 15.000 pessoas em Houston, no Texas. Sua fala repercutiu conselhos sobre carreira para as mulheres, conceito que foi popularizado pelo livro “Learn In” (“Faça Acontecer – Mulheres, Trabalho e a Vontade de Liderar”, em português) e no qual a CEO é grande destaque, escrito pela executiva Sheryl Sandberg. O livro foi um sucesso e entrou na lista de best-sellers do jornal “The New York Times”. Entretanto, ele recebeu algumas críticas de feministas como bell hooks (pseudônimo de Gloria Jean Watkins), que o considerou como um “falso feminismo”, que continua o status quo heterossexual e branco.
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O conselho de Ginni Rometty, entretanto, foi bem recebido no evento, em que ela recebeu muitas palmas pela sua fala. A CEO também compartilhou uma história mais recente de sua carreira, quando uma gerente queria promovê-la, mas ela hesitou porque achou que ainda não estava preparada. Porém, Ginni voltou no dia seguinte e aceitou a proposta, mesmo não se sentindo pronta ainda.
“Eu aprendi que crescimento e conformidade nunca coexistem”, afirma Rometty. “É o mesmo para as pessoas, países e companhias. Pergunte a você mesmo quando você mais aprendeu? Eu garanto que foi quando você se sentiu em risco.”