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Início / Negócios / Como a nº 2 da MasterCard no mundo tem transformado a equidade de gênero na empresa

Como a nº 2 da MasterCard no mundo tem transformado a equidade de gênero na empresa

Ann Cairns quer fazer a empresa crescer por meio da inclusão financeira e do empoderamento feminino

Lucas Borges Teixeira
18/12/2016 Atualizado há 8 anos

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Ann Cairns, número 2 da MasterCard no mundo, quer fazer a empresa crescer por meio da inclusão financeira e do empoderamento feminino (Carol Carquejeiro)

Ann Cairns, número 2 da MasterCard no mundo, quer fazer a empresa crescer por meio da inclusão financeira e do empoderamento feminino (Carol Carquejeiro)

Com postura exemplar e gestos mais contidos do que o sorriso, a inglesa Ann Cairns senta-se, no 20º andar de um imponente edifício em São Paulo, sem amassar uma dobra sequer do vestido azul. Ao contrário da agenda corrida, a maneira tranquila de conversar não entrega que ela é a número dois global da MasterCard, uma gigante avaliada em 108,2 bilhões de dólares.

Aos 59 anos, a executiva é presidente de mercados internacionais da tecnológica com receita anual de 9,6 bilhões de dólares. Isso significa que ela é responsável pelos 210 países em que a empresa opera fora da América do Norte. Parece muito? Cairns lida com leveza. “É bem divertido, na verdade. Quando viajo pelo mundo, percebo que as pessoas estão se tornando cada vez mais parecidas: bebem as mesmas coisas, se vestem do mesmo jeito, ouvem as mesmas músicas. E, como consumidores, também compram as mesmas coisas, usam a mesma rede social… Há muitas similaridades entre as diferenças.”

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Baseada em Londres, a executiva tem que se acostumar com diversos fusos horários: entre seus subordinados diretos, um brasileiro comanda a América Latina; um chinês, a China; um indiano, a Ásia Central; e um espanhol, a Europa. Entender como lidar com essas culturas é parte fundamental de seu trabalho. “Temos que pensar sobre o que a população quer, qual a infraestrutura presente, quais são as regras…”
Se o assunto é pagamento via mobile, por exemplo, no Brasil, 14% dos consumidores são familiarizados com este meio, enquanto na Nova Zelândia apenas 9% costumam usar o recurso. Mas se a pauta for eficiência na regulamentação do sistema financeiro, o país da Oceania está entre os melhores do mundo, ao lado de Cingapura, Hong Kong e Canadá, enquanto o sul-americano ainda enfrenta um ambiente “desafiador”.

A MasterCard tem cerca de dois bilhões de cartões de crédito no mercado global, com uma estimativa de 1,5 bilhão de usuários. No primeiro trimestre de 2016, a empresa registrou receita líquida de 5,1 bilhões de dólares, aumento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior, e lucro operacional de 2,7 bilhões de dólares, crescimento de 5% em relação a 2015. Os negócios internacionais representam uma fatia de 60% do total.

Para manter, e até acelerar esses números, Cairns e o CEO Ajay Banga apostam em duas palavras: inclusão financeira. O plano é conquistar 500 milhões de novos consumidores ao redor do mundo até 2020. “Ajudar micro e pequenos negócios a se conectar a pagamentos eletrônicos vai acelerar a adoção e o uso de novas ferramentas financeiras para os desbancarizados”, afirmou o executivo em um artigo publicado em junho deste ano.

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“Há dois bilhões de pessoas desbancarizadas no mundo, em grande parte mulheres”, completa Ann. “O que elas precisam é de uma identidade digital. Em muitos lugares, há pessoas que não têm carteira de identidade, passaporte, ou nem sequer foram registradas ao nascer, especialmente garotas.” A empresa tem feito parcerias com governos ao redor do mundo para criar sistemas biométricos de identificação. Com isso, ela aumenta sua gama de serviços e, claro, tem acesso a um número cada vez maior de informações e clientes. Entre as ações mais recentes, está a parceria com a Nymi, startup canadense que mapeia o batimento cardíaco das pessoas, uma espécie de impressão digital sanguínea.

Outra estratégia é aumentar o investimento em países menos desenvolvidos. Na África do Sul, a empresa distribuiu, em parceria com o governo, 10 milhões de cartões, que atingem 21 milhões de pessoas, para serem usados como forma de pagamento para servidores públicos e pequenos agricultores.

Em dezembro de 2014, a companhia inaugurou um de seus centros de pesquisa, os MasterCard Labs, em Nairóbi, no Quênia, em parceria com a Gates Foundation, do casal bilionário Bill e Melinda Gates. “A ideia era criar um ambiente na África que desenvolvesse produtos feitos para pessoas que vivem com poucos dólares por dia”, diz Ann. Uma das criações mais recentes foi um aplicativo, disponível para Android, que encurta as transações para produtores de óleo de girassol.

O app apresenta o preço do produto cerca de seis vezes por dia, e permite que o agricultor o venda diretamente para o consumidor final. “Os compradores estão dispostos a pagar um pouco mais para estimular os produtores a usar as soluções mobile”, afirma Cairns. “É isto: você tem que achar algo que ajude a vida das pessoas, crie um benefício prático para elas.” O projeto já está em negociação para ser aplicado na Tanzânia, em parceria com o NBC Bank.

Um dos  centros de pesquisa, os MasterCard Labs, em Nairóbi, no Quênia (Divulgação)

Um dos centros de pesquisa, os MasterCard Labs, em Nairóbi, no Quênia (Divulgação)

No Brasil, a empresa tem investido alto em cartões pré-pagos, vendidos em supermercados, como o Zuum. “É a maneira mais fácil de iniciar sua vida financeira, porque ele cria um tipo de conta corrente de banco, mas de uma maneira mais simples”, afirma João Pedro Paro, presidente da empresa no Brasil. Por aqui, a possibilidade de crescer é alta entre as pessoas não incluídas no mercado financeiro, cerca de 40 milhões, de acordo com o executivo. “A Mastercard é uma empresa de tecnologia e, como tal, tem que procurar diferentes soluções para diferentes oportunidades de negócio no mercado.”

“Você tem que construir modelos de negócios que se sustentem”, argumenta Cairns. “Se você tentar construir algo só com filantropia, quando chegam os tempos difíceis, o investimento voltado para isso diminui. Mas, se você constrói um negócio que é forte e, além disso, ajuda as pessoas, é o melhor dos dois mundos.”

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Formada em matemática pela Sheffield University, com mestrado em estatística pela Newcastle University, ambas no Reino Unido, Cairns começou sua carreira na área de engenharia, na companhia de gás British Gas, até ir para o Citigroup, onde trabalhou por 15 anos, de 1987 a 2002, e chegar ao cargo de COO. Saiu do conglomerado norte-americano para chefiar o banco de transações holandês ABN AMRO, um negócio de 5 bilhões de euros em 52 países, por seis anos. Antes de chegar à MasterCard, em agosto de 2011, foi chefe de serviços financeiros da consultoria internacional Alvarez & Marsal para a Europa e Oriente Médio.

Ann é um ponto fora da curva: mulheres ocupam apenas 12% dos altos cargos de grandes empresas no mundo, de acordo com a organização sem fins lucrativos Catalyst. “Basicamente, o que você vê é que, quanto mais alto o cargo, menos mulheres o ocupam. Isso é preocupante, porque diversidade cria negócios poderosos.” Entre suas conquistas, estão o aumento da presença feminina para uma fatia de 40% da empresa e em cargos estratégicos, como a presidência em países, caso de Colômbia, Cingapura, Ucrânia, Turquia e Nigéria.

Para chegar a este ponto, Cairns implementou uma estratégia: exigir pelo menos uma mulher bem qualificada entre os finalistas para cargos de gerência para cima. “Não estou dizendo que ela será contratada, mas sempre peço que me mostrem os finalistas e quem foi escolhido. E peço que expliquem por que esta pessoa foi a escolhida.” Desde que adotou essa política, o número de mulheres em posições seniores subiu 10%. “Eu trabalhei em um banco de investimentos, e meu chefe não gostava de ter uma mulher ali. Ele basicamente me ignorava”, conta Cairns. “Eu vi isso como uma oportunidade. Em vez de ficar triste, aprendi a ter um excelente relacionamento com a minha equipe, e comecei a pensar em um ambiente corporativo que fosse mais amistoso e aberto. Eu tomei uma série de decisões sem o consentimento dele, porque, bem, ele passava grande parte do tempo sem falar comigo.”

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Hoje, ela foge do microgerenciamento. “Imagine se eu ligasse para o Gilberto Caldart, o brasileiro que preside a América Latina, todos os dias? Ele provavelmente ficaria bem incomodado”, afirma a executiva, rindo. “Ele conhece o seu mercado muito melhor do que eu, está mais perto. Como chefe, meu trabalho é criar um ambiente em que ele seja extremamente bem-sucedido e, caso precise de apoio, como mais investimentos, eu esteja lá. Preciso ser alguém em quem ele possa confiar, a quem ele possa sugerir o que acha que é melhor para tal país ou região.”

Entre um país e outro, uma ligação para os Estados Unidos e outra para a China, Ann arruma tempo para velejar em seu barco. O nome dele? “Priceless”, conta, rindo, ao se referir ao programa de experiências de luxo da companhia, e até ao velho slogan “não tem preço”. “É uma maneira maravilhosa de relaxar.” Atualmente, a embarcação está ancorada em Palma, na Espanha. “Amo filmes, música, comer…”, conta a executiva. Nas férias, lê de cinco a seis livros por semana. Como boa conterrânea de George Orwell e Aldous Huxley, Cairns tem gosto especial por romances distópicos. “Sou britânica, sei que nosso humor pode ser mais… sarcástico.”

Difícil saber se o sarcasmo ajuda nos bons resultados, mas o lucro líquido anual em 3,8 bilhões de dólares aponta que o bom humor pode ser um caminho.

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