Dedicada à mineração, produção e venda de materiais refratários, a Magnesita foi fundada em 1939 por dois colegas franceses, na cidade de Brumado, na Bahia, após a descoberta de depósitos naturais de magnesita. No Sudeste, instalaram-se em Contagem (Minas Gerais). A primeira indústria de materiais com alta resistência térmica, química e mecânica, fabricados a partir de minerais com ponto de fusão superior a 1.800 graus Celsius (magnesita, dolomita, alumina) estava, então, criada.
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Em 1969, logo se arriscou na abertura de capital e negociação de valores na bolsa. No ano seguinte, o primeiro centro de pesquisa e desenvolvimento foi fundado, e serviços de engenharia e montagem do segmento civil se tornaram possíveis. A aquisição da polaca Refratec, especializada na montagem, modernização e renovação de fornos industriais, em 1980, possibilitou a aventura pelo setor siderúrgico. O início dos anos 2000 foi marcado por fusões e aquisições. A compra da LWB fez da Magnesita a terceira maior empresa do mundo no setor, com presença global nos cinco continentes. Hoje, cerca de 80% de sua estrutura está fora do país.
Três centros de pesquisa e desenvolvimento foram criados no Brasil, nos Estados Unidos e na Alemanha, com 76 pesquisadores responsáveis por acompanhar e antecipar tendências de mercado. “As estratégias estão na combinação de alta performance com custo competitivo, proporcionando o menor custo específico para o cliente”, diz Luiz Gustavo Perrotti Rossato, na Magnesita há nove anos e, hoje, vice-presidente global, conselheiro geral e head de M&A.
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Envolvido com a nova fase da companhia ligada à consolidação e à reorganização societária, Rossato é um dos executivos levados a Londres para instituir a nova holding e, consequentemente, entrar na bolsa de valores londrina. “São mais de mil clientes globais, em mais de 100 países diferentes. Precisamos estar aptos. No mundo de hoje, a internacionalização não é mais opcional, é obrigatória”, diz.