“No mundo dos investimentos, uma grande ação atrai investidores que compram cada vez mais. Organizações sem fins lucrativos no entanto, regularmente têm a experiência oposta”, afirma o bilionário Stanley Druckenmiller. “Filantropia é um fenômeno estranho. Em termos de investimento, pessoas se firmam nos vencedores.” Explica ele: “na filantropia, eu noto que, uma vez que uma organização é bem-sucedida, filantropos pensam que não precisam mais de tanto apoio e se afastam.”
Para mudar esta dinâmica, Druckenmiller juntou-se a outros bilionários, como Steve e Connie Ballmer e George Kaiser, para formar em janeiro a Blue Meridian Partners, grupo voltado a distribuir doações entre diferentes organizações que ajudam crianças carentes nos Estados Unidos. Recentemente, ganhou o apoio do cofundador do Google Sergey Brin e de David Tepper.
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“Nenhum investidor consegue fazer este progresso individualmente”, diz Connie Ballmer, que ajuda ativamente jovens de baixa renda em Washington State, durante anos. “É tão complicado fazer qualquer coisa acontecer que é melhor trabalhar com outros financiadores. Tem um ditado que diz, se quer ir rápido, vá sozinho, mas se quiser ir longe, viaje acompanhado.”
Os 12 parceiros da empresa Blue Meridian (8 deles desembolsaram US$ 50 milhões ou mais e 4 desembolsaram US$ 10 milhões ou mais) têm grandes esperanças para o quão longe podem viajar juntos. A iniciativa tem um compromisso de US$ 850 milhões (e planeja investir mais de US$ 200 milhões) nas organizações sem fins lucrativos que apoiarem um período de 5 a 10 anos. É o tipo de soma que futuramente irá permitir que organizações se expandam e alcancem mais pessoas.
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Até agora, a Blue Meridian concordou em financiar cinco programas incluindo dois que já tem o apoio da Fundação Edna McConnell Clark Fundação Nurse-Family Partnership e a fundação Youth Villages. A esperança é que o alto fluxo de capital permita que estes grupos já estabelecidos expandam seu alcance nos Estados Unidos.
“Estamos entrando no momento que estas organizações têm feito muitos testes e erros. Estes programas já foram provados que funcionam, não apenas para fazer as pessoas se sentirem bem”, afirma Druckenmiller.