A Oracle Corporation, empresa de tecnologia e informática, revelou seus ganhos do segundo trimestre na última quinta-feira (15), com resultados mistos. O lucro por ação superou as expectativas dos analistas em US$ 0,1, mas a sua receita ficou US$ 100 milhões abaixo do valor de US$ 9,1 bilhão previstos para o período. E essa perda afetou a fortuna de Larry Ellison, maior acionista da companhia.
A queda da receita, que aparentemente é insignificante, resultou em uma grande redução do valor das ações da Oracle. No fechamento do pregão na última sexta-feira (16), o valor ficou 4% mais baixo em relação ao seu preço de fechamento na quinta-feira (15).
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Isso resultou em uma queda de US$ 1,9 bilhão no patrimônio líquido de Ellison. Na sexta-feira, sua fortuna estava estimada em US$ 48,4 bilhões, de acordo com o ranking dos mais ricos do mundo de FORBES. Larry Ellison se mantém como o sexto mais rico do mundo, atrás de pessoas como Mark Zuckerberg, Warren Buffett e Amancio Ortega.
A queda sofrida pela companhia se deu no final de uma semana conturbada para empresas de tecnologia. Na quarta-feira (14), os grandes executivos do Vale do Silício se encontraram com o presidente eleito Donald Trump – cuja campanha foi desaprovada por muitos deles – para cúpula em Nova York. Ellison não participou da reunião, mas a CEO da Oracle, Safra Catz, estava entre os executivos presentes, junto com o CEO da Apple, Tim Cook. Após o encontro, muitas agências de notícia informaram que Catz pode se unir à equipe de transição de Trump, que já conta com o executivo de tecnologia Peter Thiel, board do Facebook.
Catz é executiva-chefe desde 2014, quando Ellison saiu da sua posição de CEO, cargo que ele ocupou por 37 anos. Ellison cofundou a Oracle em 1977, depois de construir bancos de dados para a CIA. Ele levou o seu negócio para o público em 1986, um dia antes da oferta inicial de ações (IPO) da Microsoft, e desde então é chairman da empresa. Ele orientou os investimentos da companhia em tecnologia de nuvem como parte da sua proposta de melhorar a competitividade com companhias como a Amazon, dirigida por Jeff Bezos, que é a quarta pessoa mais rica do mundo, de acordo com FORBES.