7 novas tecnologias para cirurgias mamárias

Inovações prometem resultados melhores para esse tipo de procedimento

Redação

Os implantes de silicone continuam sendo um dos procedimentos estéticos mais populares do mundo, com 297.297 aumentos de mamas só na América do Norte em 2015, de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgias Plásticas.

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Se levarmos em conta todas as cirurgias relacionadas aos seios, incluindo levantamentos, e reconstruções, o número de procedimentos sobe para 627.165. Seios grandes estão na moda atualmente, e cirurgias estéticas são uma das maiores tendências da atualidade, gerando aproximadamente US$ 20 bilhões por ano – com previsão de aumento para US$ 27 bilhões até 2019.

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Com isso, muitos cientistas e inovadores da área estão criando novos produtos para suprir essa enorme demanda e, é claro, aumentar os lucros. Veja na galeria de fotos as 7 companhias mais interessantes que buscam melhorar o ramo das cirurgias estéticas dos implantes mamários:

  • B-Lite Implant

    A B-Lite Implant é conhecida por ter o “implante mamário mais leve do mundo”, sendo 30% mais leve em relação aos outros do mercado. A razão dessa importância é que, com isso, a longevidade do implante é aumentada – já que o peso extra geralmente pode fazer com que o tecido ceda e perca a firmeza. Os implantes de silicone tradicionais são considerados temporários e precisam ser trocados a cada 10 ou 15 anos.

    “Os implantes substituem o volume perdido, mas também atuam como um peso morto que, futuramente, aumentam a tração gravitacional nos seios”, afirma Charles Weatherstone, diretor de marketing de biotecnologia da empresa G&G, da B-Lite. Outra razão para que as pessoas procurem a B-Lite é quando eles fazem uma mastectomia. “Um implante mais leve gera benefícios significativos na situação porque ele reduz o estresse sobre o tecido já comprometido”, diz Weatherstone. Essa tecnologia está sendo usada na Europa e no Oriente Médio, mas ainda não conseguiu a aprovação da FDA (“Food and Drug Administration”, órgão do governo norte-americano responsável pelo controle de alimentos, suplementos alimentares, medicamentos, cosméticos, entre outros).

  • Orbix Medical

    Com a idade avançada chegando para as mulheres, naturalmente o seio começa a sofrer com flacidez. Até agora, o único meio de conseguir resultados reais é com uma cirurgia plástica – um processo desconfortável que deixava cicatrizes. Entretanto, a Orbix Medical quer resolver esse problema com a OrbiShape, uma malha de silicone que é suturada dentro do seio, proporcionando um “sutiã interno”.

    Entretanto, nem todos estão entusiasmados com a nova ideia. “Eu não gosto de colocar esse tipo de coisa em cirurgias de implantes em seios virgens desses procedimentos”, afirma o doutor Barry Weintraub, chefe da RealSelf. “Se houver uma infecção por causa de um corpo estranho dentro do organismo, pode causar grandes problemas…”

  • Illusio Augmented Reality Imaging

    Pessoas dispostas a fazer esses procedimentos de implantes mamários precisam se certificar de fazer uma cirurgia bem feita e de acordo com o valor pago, já que esses processos são muito complicados. A Illusio Imaging mudou esse cenário ao utilizar ferramentas de realidade aumentada em tempo real para que os pacientes identifiquem e mostrem aos médicos exatamente o que eles desejam para seus implantes. O paciente fica na frente do iPad do médico e eles utilizam o aplicativo da Illusio para ajustar os parâmetros do seio – desde o tamanho até a cor. Os pacientes olham o resultado na tela e podem opinar e fazer ajustes em tempo real. A diferença entre a Illusio e outras técnicas é a sofisticação das ferramentas – e porque ele é vendido apenas para médicos, que podem opinar sobre metas e desejos realistas para seus clientes.

    O aplicativo foi lançado em janeiro de 2016 e já está presente em algumas clínicas de cirurgia estética. “Esta é uma venda fácil a partir da perspectiva dos investidores”, afirma o CEO da companhia, Ethan Winner. “O lucro médico com cirurgias é de aproximadamente US$ 3.600, e isso é um valor muito alto”. Por enquanto, Winner procura estabelecer a companhia nos Estados Unidos, antes de expandi-la. “Nós estamos focando no nosso próximo round – estamos procurando investidores anjos ou vice-presidentes”, afirma ele. “O desenvolvimento está 95% pronto e completo, e agora procuramos um meio de levantar meio milhão”. Até agora, 60% dos interessados na marca foram do exterior e a companhia ainda está considerando suas opções.

    “Eu não considero imagens em 3D uma ferramenta útil”, afirma o cirurgião plástico Elliot Hirsch. “Eu não utilizo isso no meu dia a dia. Não há a consideração do tempo e este é o grande problema, a ferramenta mostra o tamanho mas não mostra como o tecido vai mudar em cinco ou dez anos”.

  • Mentor’s Spectrum Adjustable Breast Implant

    A companhia está aprovada pelo FDA desde 2006, portanto essa implementação transmite mais segurança para os adeptos desses procedimentos. As suas bolsas para seios são cheias de água salina (soro fisiológico) e são utilizadas no processo pós-operatório, por até seis meses após a cirurgia. Os médicos podem regular a quantidade do fluido para se adaptar às necessidades do paciente, e ele funciona a partir de um pequeno tubo que é deixado no seio após a cirurgia. Uma vez que a forma final desejada é atingida, o tubo é removido.

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  • Establishment Labs Motiva Breast Implant – com chip RFID e aplicativo para celular

    Esta é uma das ferramentas mais tecnológicas para implantes. Além de outras ferramentas da empresa, ela utiliza um aplicativo e um chip RFID (identificação por radiofrequência) no paciente. O objetivo é conseguir escanear o implante utilizando um transponder portátil. Os dados do chip são informados no aplicativo ou em outro dispositivo. Ou seja, o implante pode ser identificado facilmente e os cirurgiões têm um entendimento melhor sobre o processo. Além disso, eles conseguem essas informações de um modo não invasivo – e podem dizer com mais facilidade se houve alguma ruptura. Com toda essa inovação, eles anunciaram um investimento inicial de US$ 28 milhões.

  • AeroForm AirXpanders com controle remoto

    Os avanços da tecnologia forneceram métodos mais inteligentes para procedimentos cirúrgicos relacionados aos seios, o que significou uma queda nos índices de morte de pessoas com câncer nas mamas. Entretanto, isso também significou um aumento de 36% nas mastectomias desde 2005. Essa reconstrução pode ser um processo longo e doloroso, e geralmente essa área do corpo passa a ter um expansor instalado após a cirurgia, que estica a pele para poder fornecer espaço para procedimentos futuros. O método mais comum era o de visitas regulares ao médico e, a cada retorno, ele modifica o volume do expansor. Agora, uma nova companhia está oferecendo aos pacientes uma forma de fazer todo esse processo dentro de casa. A AeroForm AirXpanders vêm com um controle externo que permite que pacientes consigam ajustar o volume dentro de sua própria residência – com maior privacidade e evitando a perda de tempo. A ferramenta já está sendo usada na Austrália e espera pela aprovação da FDA.

    Entretanto, os médicos ainda precisam aprovar e se adaptar a essa tecnologia. “Eu achei isso um pouco ilusório”, critica Dr. Barry Weintraub, médico-chefe da RealSelf, plataforma de avaliações, discussões e histórias sobre tratamentos e procedimentos estéticos. “Colocar isso nas mãos dos pacientes… eles não são profissionais. O que eles fariam se apertassem um botão e a pele não se adaptasse? Para mim isso não é muito inteligente”.

  • 3D Printed Nipples, da TeVido BioDevices

    Outro problema de reconstrução mamária é que, às vezes, o organismo rejeita um corpo estranho, processo que é extra-traumático quando o tecido já foi operado em um curto período de tempo. A companhia TeVido BioDevices, baseada em Austin, Estados Unidos, é uma startup que utiliza células da pele humana para impressões em 3D – e eles produziram mamilos a partir de células humanas que duram mais do que as tatuagens em mamilos.

    “Nosso maior desafio não é apenas uma bioimpressão. Nós estamos trazendo um produto biomédico para o mercado que exige aprovação clínica. Portanto, isso requer mais fundos do que um software de aplicativo, por exemplo”, afirma a fundadora da empresa Laura Bosworth à revista “Austin Woman Magazine”. “[Os mamilos] são o nosso primeiro produto. Eles ainda não estão disponíveis, mas esperamos que seja testado clinicamente dentro de dois anos. Ainda não decidimos qual será o nosso próximo produto. Ainda há muito para se fazer em relação às pessoas que tiveram sua pele danificada em acidentes de carro ou sofreram com manchas e outras pigmentações devido à queimaduras, por exemplo. A lista de coisas que podemos tratar é um pouco longa”. A National Science Foundation, por exemplo, é uma dos apoiadores do projeto.

B-Lite Implant

A B-Lite Implant é conhecida por ter o “implante mamário mais leve do mundo”, sendo 30% mais leve em relação aos outros do mercado. A razão dessa importância é que, com isso, a longevidade do implante é aumentada – já que o peso extra geralmente pode fazer com que o tecido ceda e perca a firmeza. Os implantes de silicone tradicionais são considerados temporários e precisam ser trocados a cada 10 ou 15 anos.

“Os implantes substituem o volume perdido, mas também atuam como um peso morto que, futuramente, aumentam a tração gravitacional nos seios”, afirma Charles Weatherstone, diretor de marketing de biotecnologia da empresa G&G, da B-Lite. Outra razão para que as pessoas procurem a B-Lite é quando eles fazem uma mastectomia. “Um implante mais leve gera benefícios significativos na situação porque ele reduz o estresse sobre o tecido já comprometido”, diz Weatherstone. Essa tecnologia está sendo usada na Europa e no Oriente Médio, mas ainda não conseguiu a aprovação da FDA (“Food and Drug Administration”, órgão do governo norte-americano responsável pelo controle de alimentos, suplementos alimentares, medicamentos, cosméticos, entre outros).