O GuiaBolso é responsável pela mudança da vida financeira de mais de 3 milhões de brasileiros. Esse era exatamente o desejo de Thiago Alvarez e Benjamin Gleason quando, em 2014, abriram mão de carreiras certas na consultora norte-americana McKinsey para apostar em algo que pudesse transformar o dia a dia das pessoas. Entre muitas análises e estudos conjuntos com especialistas do Vale do Silício, a dupla detectou a necessidade de uma ferramenta simples e prática. “Até então, era necessário atualizar planilhas ou apps financeiros manualmente. Não há quem tenha tempo hábil para isso, muito menos paciência”, conta Thiago, de 36 anos.
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Foram inúmeras tentativas e incontáveis erros. As pessoas precisariam confiar seus acessos e dados bancários ao GuiaBolso para possibilitar a automação e maior transparência do serviço “para onde o seu dinheiro vai”. Essa devassa nas contas correntes e cartões de crédito poderia, naturalmente, gerar desconfiança nos possíveis usuários. Em agosto de 2014, no entanto, quando o aplicativo ainda passava por testes, a central de apps da Apple simplesmente o posicionou entre os mais indicados. Foi um boom de acessos. Ele chegaria a ser o app mais baixado na App Store, à frente de gigantes como WhatsApp e Instagram.
O aplicativo revelou excelente performance – o que não impediu que fosse bastante aprimorado até chegar ao que é hoje. O GuiaBolso está na quarta rodada de investimentos, depois de ser a primeira fintech brasileira (startup que une tecnologia e serviços financeiros) a receber aporte da International Finance Corporation, braço financeiro do Grupo Banco Mundial.
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“Concluímos que nossos usuários pensam ganhar 8% a mais do que realmente recebem mensalmente”, diz Thiago, com base em uma pesquisa realizada em 2015. O mesmo estudo constatou que, em quatro meses, pessoas que usam o GuiaBolso passaram a economizar até 2,5 vezes mais – e o uso do cheque especial caiu 25%. “Para usar o GuiaBolso, a pessoa precisa ter conta bancária e smartphone. No entanto, quando começamos, nossos usuários recebiam, em média, R$ 13 mil por mês. Hoje a média caiu para R$ 5 mil”, afirma o CEO, comemorando a popularização do app. “Queremos alcançar a todos.”