A petroquímica Braskem teve prejuízo líquido consolidado de R$ 2,637 bilhões no quarto trimestre do ano passado, ante lucro líquido R$ 35 milhões em igual período de 2015, segundo prévia não auditada do balanço.
O resultado da companhia foi afetado pela provisão de multa referente ao acordo de leniência firmado em 21 de dezembro de 2016 com autoridades globais no âmbito da Lava Jato, no qual a empresa se comprometeu a pagar US$ 957 milhões (3,1 bilhões de reais).
Em fato relevante, a Braskem diz que decidiu adiar para 29 de março o arquivamento das demonstrações financeiras auditadas, enquanto conclui as avaliações necessárias de processos e controles internos após o acordo.
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A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado consolidado somou R$ 2,385 bilhões, queda de 10% ante o último trimestre de 2015.
A petroquímica apurou uma receita líquida de R$ 11,9 bilhões no quarto trimestre, 1% menor na comparação anual devido à apreciação do real.
Conforme material de divulgação do balanço, as operações no Brasil contribuíram com 51% do faturamento total, enquanto Estados Unidos e Europa responderam por 17%, México por 6% e as exportações contabilizaram 19%.
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O resultado financeiro líquido da empresa ficou negativo em R$ 898 milhões, ante os R$ 841 milhões negativos do quarto trimestre de 2015.
INVESTIMENTOS
A Braskem investiu entre outubro e dezembro R$ 757 milhões, sendo R$ 573 milhões no Brasil. No acumulado de 2016, a companhia desembolsou R$ 2,975 bilhões, menos que os R$ 3,661 bilhões previstos para o ano passado. Entre os motivos, a petroquímica citou o efeito da apreciação do real em valores investidos em dólares e a otimização do portfólio, o que resultou no adiamento ou cancelamento de projetos operacionais e estratégicos.
Para 2017, a companhia prevê investir cerca de R$ 1,814 bilhão, dos quais R$ 179 milhões em unidades dos Estados Unidos, Europa e México.
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Ao fim de dezembro do ano passado, a Braskem acumulava uma dívida líquida ajustada de R$ 20,014 bilhões, incluindo a atualização contábil do valor de face do acordo de leniência de R$ 3,1 bilhões firmado com as autoridades globais no âmbito da operação Lava Jato.
Com isso, o prazo médio do endividamento da empresa era de 14,6 anos e a alavancagem medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda estava em 1,82 vez em real e 1,95 vez em dólar.
(Por Gabriela Mello)