A Gol reportou hoje (17) um prejuízo líquido de R$ 30,2 milhões no quarto trimestre de 2016, bem menor que o resultado negativo de R$ 1,13 bilhão amargado em igual período de 2015, graças ao corte de despesas e aos ganhos de eficiência e receita gerados pela reestruturação da frota.
A receita operacional líquida da companhia aérea aumentou 0,5% na comparação anual, para R$ 2,664 bilhões, puxada principalmente pelo aumento de 19% na tarifa média, compensado pela queda de 18,8% na disponibilidade de assentos.
O número de passageiros transportados caiu 15,4% no quarto trimestre, mas a taxa de ocupação subiu 2,2%, para 77,6%.
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Além disso, a Gol reduziu em 10,1% os custos operacionais no período de outubro a dezembro, para R$ 2,469 bilhões. Só os gastos com combustível de aviação recuaram 22%, enquanto desembolsos com comerciais e publicidade caíram 1,9% e a linha de despesas com o arrendamento de aeronaves cedeu 68,1%.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar) foi de R$ 440,5 milhões entre outubro e dezembro, alta de 10,4% em relação ao último trimestre de 2015.
PERSPECTIVAS
Para 2017, a Gol projeta receita líquida de aproximadamente R$ 10 bilhões, o que, se confirmado, renovará o recorde de R$ 9,867 bilhões estabelecido em 2016.
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“Além de manter altos níveis de produtividade e rentabilidade, os resultados de curto prazo serão impulsionados pela manutenção da disciplina de capacidade”, informou a empresa no material de divulgação do balanço.
A companhia aérea manteve a estimativa de uma taxa de ocupação de 77% a 79% neste ano, frota de 115 aeronaves e redução de 3% a 5% na oferta total de assentos.
Já a previsão da margem Ebit em 2017 foi revisada para 6% a 8%, contra o índice de 5% a 7% divulgado anteriormente. No ano passado, a margem Ebit foi de 7,1%.
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A Gol ainda estima margem Ebitda de 11% a 13% neste ano, ante 11,6% em 2016.
(Por Gabriela Mello)