A Natura viu estagnação da receita no quarto trimestre, pressionada pela recessão no país e impacto cambial das operações internacionais, mas o controle de custos e a baixa base de comparação levaram seu lucro a forte alta no período.
A fabricante de cosméticos divulgou ontem (22) que sua receita líquida de outubro a dezembro caiu 1,6% sobre um ano antes, a R$ 2,29 bilhões.
O lucro líquido consolidado de 201,8 milhões no trimestre, alta de 38,8% ante mesmo período do ano anterior, também favorecido por pagamento menor de impostos.
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E o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado subiu 2% na mesma base de comparação, para R$ 462,1 milhões.
Segundo o vice-presidente de finanças e relações com investidores da Natura, José Roberto Lettiere, a companhia trabalha com um cenário ainda difícil para vendas em 2017 no Brasil e pressão nos resultados internacionais em função da volatilidade cambial.
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“Embora a queda da inflação e dos juros permita perspectivas melhores para os próximos meses, não há ainda sinais de recuperação da renda das famílias, devido em parte aos níveis elevados de desemprego”, disse Lettiere em teleconferência com jornalistas.
Após ter investido R$ 306 milhões em 2016, a companhia prevê investir R$ 350 milhões neste ano. Segundo o executivo, essa ampliação permitirá que a companhia tenha nos próximos anos uma melhora do nível de retorno dos investimentos em relação ao que aconteceu nos últimos dois anos.
(Por Paula Arend Laier e Aluísio Alves)