O banco estatal anunciou hoje (16/02) que seu lucro líquido entre outubro e dezembro somou R$ 963 milhões, desabando 61,6% ante mesma etapa de 2015. Em termos ajustados, o lucro caiu 34% ano a ano, para R$ 1,75 bilhão.
A chamada provisão para créditos de liquidação duvidosa do BB no período atingiu R$ 7,49 bilhões, volume 7,1% maior sobre um ano antes e 12,7% acima do trimestre imediatamente anterior.
Embora o BB tenha conseguido elevar o spread – diferença entre o preço que o banco paga para tomar recursos e o que cobra para emprestar a clientes -, isso se deu sobre uma base menor, dado que a carteira de crédito encolheu.
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No fim de 2016, a carteira de crédito ampliada do banco era de R$ 708,1 bilhões, queda de 11,3% em um ano. Considerando apenas os empréstimos no país, o montante caiu 8,4%, para R$ 679 bilhões.
Esse declínio foi puxado sobretudo pelo setor corporativo, para o qual o estoque de financiamentos do BB teve uma queda de 18,9%.
Como proporção da carteira, o índice de inadimplência do banco acima de 90 dias foi de 3,29% no fim do ano, ante 3,5% no final do trimestre anterior e 2,23% um ano antes.
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O banco conseguiu um aumento de 6,3% das receitas com tarifas no comparativo com o quarto trimestre de 2015, para R$ 6,36 bilhões. Na outra ponta, as despesas administrativas subiram apenas 1,6% na mesma comparação, para R$ 8,62 bilhões.
A queda no lucro fez a rentabilidade sobre o patrimônio líquido – que mede como um banco remunera o capital de seus acionistas – cair quase 5% sobre o último trimestre de 2015, para 7,2%, em bases ajustadas.
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Por fim, o BB perdeu para o Itaú Unibanco o posto de maior banco do país por ativos. Do terceiro para o quarto trimestre, os ativos totais do banco estatal caíram de R$ 1,45 trilhão para R$ 1,4 trilhão, enquanto os do rival privado evoluíram de R$ 1,399 trilhão para R$ 1,426 trilhão.
PREVISÕES
O BB, que em novembro anunciou um pacote de medidas para cortar custos, incluindo um programa de aposentadoria incentivada e fechamento ou redução de cerca de 800 agências, previu melhora de diversos indicadores para 2017.
O banco previu, por exemplo lucro ajustado na faixa de R$ 9,5 bilhões a R$ 12,5 bilhões neste ano, após R$ 7,2 bilhões no ano passado.
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O BB também previu alta de 1% a 4% da carteira de crédito no Brasil, que caiu 8,4% em 2016. A instituição também previu despesas com provisões para calotes de R$ 20,5 bilhões a R$ 23,5 bilhões neste ano, após R$ 27 bilhões em 2016.
(Por Aluísio Alves)