Durante a apresentação de seus novos produtos ao mercado brasileiro nesta quarta-feira (22), em São Paulo, a Google revelou uma parceria com a Fundação Lemann para o desenvolvimento de uma plataforma digital criada por e para professores de todo o Brasil.
Plataforma digital será criada por e para professores de todo o BrasilO empresário Jorge Paulo Lemann, cujo sobrenome batiza a instituição sem fins lucrativos e o 22º colocado na mais recente lista de bilionários divulgada por FORBES, esteve no evento da Google, onde explicou que o objetivo do projeto é oferecer planos de aulas digitais por meio de vídeos e outros materiais. Com a liderança da Associação Nova Escola, o projeto pretende ajudar os professores com recursos pedagógicos e conteúdos condizentes com a Base Nacional Comum Curricular, política pública que seleciona as disciplinas e os temas a que todo estudante deve ter acesso na educação básica.
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Por meio do Google.org, braço filantrópico da empresa tecnológica, foram doados R$ 15,8 milhões para a iniciativa. A doação faz parte do valor de R$ 50 milhões anunciados pela Google para apoiar organizações sem fins lucrativos que desenvolvem ferramentas tecnológicas capazes de ajudar a educação brasileira. “Nós esperamos que este projeto ajude a empoderar os professores com a oferta de conteúdo tecnológico”, disse o presidente do Google do Brasil, Fábio Coelho, ao enfatizar que a iniciativa tem como principal objetivo reduzir a lacuna existente entre os estudantes que têm e os que não têm acesso à tecnologia.
A Nova Escola vai reunir os professores de todo o Brasil para formular planos de aula, que terão dicas e orientações a outros profissionais de educação sobre o que deve ser ensinado em sala. Os materiais serão disponibilizados em uma plataforma digital com aplicativo móvel projetado para funcionar mesmo onde a conexão à internet seja lenta.
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Desta forma, a iniciativa pretende contribuir para que os índices educacionais brasileiros melhorem nas avaliações internacionais, nas quais, atualmente, os estudantes do país apresentam uma performance abaixo dos alunos da mesma faixa etária dos outros países. O Brasil ocupou, na última avaliação global da OCDE, a 63ª posição em ciências, a 59ª em leitura e a 66ª colocação em matemática, em um grupo de 70 países avaliados.