Os livros tiveram um papel crucial na vida de Jeff Bezos, de muitas formas diferentes. E há uma razão muito óbvia para isso: a companhia que o tornou bilionário começou, originalmente, como uma loja de varejo online de livros. Ele também passou boa parte de sua carreira mudando o modo como o livros são publicados e vendidos, devorando muitas livrarias pequenas no processo.
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Além disso, o fundador e CEO da Amazon tem uma grande paixão pela leitura. Na biografia “The Everything Store”, o autor Brad Stone descreve como os livros moldaram o estilo de liderança e a maneira de pensar de Jeff Bezos. De fato, de acordo com a obra, há uma lista de títulos que os funcionários da Amazon chamam de “Lista de Leitura de Jeff”. Para o bilionário, a coisa mais importante que o livro pode proporcionar é a oportunidade de escapar da realidade por alguns momentos. “Você acaba se perdendo no mundo do autor”, disse em uma entrevista para o “The Washington Post”.
A lista de Bezos incluir autobiografias, negócios, tecnologia e até um romance. Além disso, de acordo com Stone, muitos outros executivos da Amazon também já leram essas obras.
Veja na galeria de fotos os 12 livros que moldaram o estilo de liderança de Jeff Bezos:
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1. “Os Vestígios do Dia”, de Kazuo Ishiguro
O romance de Ishiguro é uma narrativa em primeira pessoa contada por um mordomo, que lembra da época em que servia no exército durante a primeira Guerra Mundial. Segundo Brad Stone, este é o romance favorito do bilionário. “Bezos disse que ele aprende mais com romances do que com obras de não-ficção”, conta.
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2. “Built to Last: Successful Habits of Visionary Companies”, de Jim Collins.
O livro – ainda sem tradução para o português – é uma famosa obra sobre gerenciamento. Ele explica como as companhias bem-sucedidas são capazes de construir ambientes onde “os funcionários que abraçam a missão crescem”.
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3. “Creation: Life and How to Make It”, por Steve Grand
“Um designer de videogames argumenta que sistemas inteligentes podem ser criados de baixo para cima se alguém inventar um conjunto de blocos de construção primitivos”, escreve Stone sobre a obra, ainda sem tradução para o português. “O livro influenciou na criação da Amazon Web Services, o serviço que popularizou a noção da nuvem.”
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4. “Good to Great: Empresas Feitas para Vencer”, por Jim Collins
O autor e consultor empresarial Jim Collins informou os executivos da Amazon sobre muitos dos princípios deste livro antes de sua publicação, revelou Stone. A obra explica como “companhias devem enfrentar os aspectos brutais de seus negócios, descobrir no que elas são extremamente competentes e assumir o controle, de maneira que cada parte do negócio reforçe e acelere as outras partes”.
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5. “O Dilema da Inovação – Quando as Novas Tecnologias Levam Empresas ao Fracasso”, de Clayton Christensen
O autor argumenta que companhias obtêm melhorias ao abraçar inovações capazes de quebrar barreiras. Michael Bloomberg, fundador e CEO da enorme empresa de comunicação Bloomberg, já descreveu o livro como “absolutamente brilhante”. “É uma obra de negócios com enorme influência, cujos princípios foram adotados pela Amazon e que influenciaram a criação do Kindle e dos serviços em nuvem”, diz Stone. “Algumas companhias estão relutantes em abraçar tecnologias disruptivas porque isso pode alienar os consumidores e prejudicar seus principais negócios, mas Christensen argumenta que ignorar esse potencial pode custar ainda mais caro.”
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6. “Sam Walton: Made in America”, por Sam Walton
“Em sua autobiografia, o fundador do Walmart expõe os princípios do varejo e discute seus valores e a disposição para tentar muitas coisas e cometer erros”, escreve Stone sobre a obra “Sam Walton: Made in America”, que tem uma versão em português com o mesmo título. “Bezos usou boa parte disso para estabelecer os valores corporativos da Amazon.”
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7. “Lean Thinking: Banish Waste and Create Wealth in Your Corporation”, por James Womanck e Daniel Jones
O livro, que ainda não tem tradução para o português, explora como grandes companhias dos EUA, da Europa e do Japão aplicaram uma série de princípios do “lean thinking” na tentativa de cortar custos e aumentar a eficiência para sobreviver durante a recessão de 1991 – e ainda crescer no final da década.
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8. “Memos from the Chairman”, de Alan Greenberg
“A obra é uma coleção de memorandos do presidente do extinto banco de investimentos Bear Stearns para seus funcionários”, escreve Stone. “Em seus memorandos, Greenberg está constantemente reafirmando os principais valores do banco, especialmente a modéstia e a simplicidade”. Ainda não há tradução para o português.
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9. “O Mítico Homem-Mês”, por Frederick P. Brooks Jr.
“Um influente cientista da computação discorre sobre o argumento contra-intuitivo de que pequenos grupos de engenheiros são mais eficientes do os grandes quando precisam lidar com projetos de softwares complexos”, escreve Stone.
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10. “A Meta: Um Processo de Melhoria Contínua”, por Eliyahu Goldratt
“Uma exposição dos princípios de funcionamento de uma indústria escrita em formato de romance, o livro encoraja companhias a identificarem as maiores limitações nas suas operações”, diz Stone. “E, na sequência, estruturar suas organizações para tirar o máximo proveito dessas limitações.”
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11. “Data-Driven Marketing: The 15 Metrics Everyone in Marketing Should Know”, por Mark Jeffery
Sem tradução para o português, o livro é “um guia para medir tudo, desde a satisfação dos clientes até a efetividade do marketing”, diz Stone. “Os funcionários da Amazon precisam de dados para suportar todas as suas afirmações e, se essas informações são fracas, ele precisa saber identificar.”
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12. “A Lógica do Cisne Negro”, de Nassim Taleb
“O estudioso argumenta que as pessoas estão conectadas para reconhecer padrões no caos, permanecendo cegas a eventos imprevisíveis, com grandes consequências. A experimentação e o empirismo superam a narrativa fácil e óbvia”, escreve Stone.
1. “Os Vestígios do Dia”, de Kazuo Ishiguro
O romance de Ishiguro é uma narrativa em primeira pessoa contada por um mordomo, que lembra da época em que servia no exército durante a primeira Guerra Mundial. Segundo Brad Stone, este é o romance favorito do bilionário. “Bezos disse que ele aprende mais com romances do que com obras de não-ficção”, conta.