Todos nós estamos familiarizados com o termo “fake news”. Sabemos que começou em um momento específico de 2016, durante a temporada das eleições presidenciais norte-americanas e se tornou uma espécie de termo oficial em 11 de janeiro de 2017, quando Donald Trump, já eleito, negou a Jim Costa, repórter da “CNN”, a resposta a uma pergunta e emendou: “Você é notícia falsa (‘fake news’, em inglês)”.
VEJA TAMBÉM: Como boatos ajudaram a eleger Donald Trump nos EUA
O termo pode até ser recente, mas o significado de sua definição não é. “Fake news” é uma tentativa atemporal de derrotar um oponente ao difamá-lo com mentiras. Isso é feito a partir da cuidadosa distribuição de informações falsas, rumores infundados e boatos não confirmados com o objetivo de prejudicar a reputação e credibilidade do oponente. Essa estratégia tem sido utilizada durante toda história da humanidade por uma considerável quantidade de pessoas em posições de poder ou em vias de chegar a ele, seja na política, nas guerras ou no mundo corporativo.
Entretanto, devido à tecnologia moderna (a internet, as mídias sociais, computadores e smartphones), as “fake news” se tornaram parte das nossas vidas. E com a experiência de psicólogos sociais, cognitivos e comportamentais, as “fake news” são feitas para serem vistas, ouvidas e sentidas da maneira mais real possível dentro dos limites da própria mentira. Como resultado, dezenas de milhões de norte-americanos mostraram-se incapazes de distinguir “fake news” de fatos verídicos. Isso não ocorre apenas na política, mas também na saúde, finanças, religião e negócios.
LEIA MAIS: Zuckerberg revela medidas para combater notícias falsas no Facebook
É desnecessário reforçar que isso é uma emergência legítima. Não se pode permitir que os cursos da democracia, da sociedade e da economia sejam guiados por mentiras. Então como os líderes do mundo corporativo lidam com um ambiente onde as “fake news” têm permissão para prosperar?
Veja 3 lições cruciais de liderança empresarial na era das “fake news”:
-
iStock 1. Líderes devem promover uma cultura de veracidade, responsabilidade e sensatez
Em estados mais comprometidos e de maior fraqueza (depressão, ansiedade, raiva, vergonha etc.), qualquer um pode ser seduzido pelo impulso obscuro de espalhar e acreditar em rumores como uma maneira para libertar suas emoções, alcançar algum tipo de reivindicação mal sucedida ou desviar a atenção das pessoas. No ambiente de trabalho, essas práticas poluem o clima, danificam as relações e prejudicam o desempenho.
Isso torna o incentivo de uma cultura baseada em veracidade, responsabilidade e sensatez crucial para líderes do mundo dos negócios. Nessa cultura, as pessoas são gratas pela honestidade, transparência, trabalho duro, trabalho em equipe e o tipo de relacionamento que resulta dessas ações. Além disso, desenvolve-se a sabedoria necessária para lutar contra a tentação de mentirmos para nós mesmos e para outras pessoas sempre que encaramos circunstâncias e objetivos desafiadores.
Em um ambiente como esse, os profissionais também ficam mais propensos a desenvolver competências gerenciais essenciais, como checar o fato, obter provas, argumentar de maneira lógica e com bom senso, tudo relacionado com alta performance, valor da marca e lealdade do consumidor.
-
iStock 2. Líderes devem garantir que sua equipe desenvolva pensamento crítico como uma competência fundamental
Uma vez que seres humanos acreditam em algo, se inclinar em outra direção é extremamente difícil. Podemos culpar a simplicidade cognitiva humana, que acha mais fácil acreditar em algo do que ser cético em relação a ele. Ou podemos culpar o nosso desconforto com a dissonância cognitiva, que torna doloroso para nós manter dois pensamentos conflitantes ao mesmo tempo. É possível também culpar o intenso hábito humano de bancar seu ponto de vista, ou seja, buscar maneiras de reafirmar suas crenças quando elas são questionadas mesmo sem evidências. Além disso, o nosso senso de unidade tribal pode nos fazer ficar firmes em uma convicção antiga, mesmo quando não estamos mais tão convictos assim, apenas para evitar a rejeição dos amigos e parceiros.
A questão é que, com o objetivo de aumentar o entendimento humano sobre qualquer assunto, resolver problemas complexos e alcançar metas desafiadoras, é necessário ter a habilidade de transcender as tendências já mencionadas. É preciso aprender a questionar a si próprio, suas crenças, seus hábitos e sua realidade. Isso significa desenvolver a habilidade de checar duas vezes a informação, procurar por evidências, deixar de lado preconceitos pessoais e colocar todas as suas descobertas à prova, baseando-se na lógica e no bom senso.
Para isso, líderes precisam ter certeza de que suas equipes estão desenvolvendo habilidades importantes de pensamento crítico como:
– Entender as conexões entre ideias baseadas em fatos e na lógica;
– Identificar erros e inconsistências no raciocínio;
– Abordar problemas de maneira consistente e sistemática;
– Refletir sobre as justificativas de suas suposições, crenças e valores;
– Projetar, articular e avaliar argumentos baseados em todos os itens citados.Essa é a única maneira de as empresas permanecerem focadas e eficientes em um mundo bombardeado por mentiras e pelos chamados “fatos alternativos”.
-
iStock 3. Líderes devem estar particularmente atentos aos jovens
Um estudo da Universidade de Stanford de 2016 mostrou que jovens (especialmente estudantes do ensino médio e universitários) são os que possuem maior dificuldade para discernir conteúdos patrocinados por grupos com determinados interesses ou afetados por tendências políticas. Além disso, considerando testes específicos administrados no estudo, foi possível concluir que esses jovens têm problemas para detectar manipulações óbvias de fatores cruciais nos ramos da ciência, história e política.
A internet, serviços de busca, computadores e smartphones remodelaram a sociedade. Na teoria, existe muita informação disponível, ferramentas novas e melhores para trabalhar de maneira mais eficiente e efetiva. Entretanto, essas mesmas ferramentas criaram a cultura do imediatismo e da impaciência, que diretamente impedem o desenvolvimento de uma disciplina no trabalho, atenção ao detalhe e habilidade de pensamento crítico necessários para resolver problemas complexos e alcançar metas desafiadoras.
Ao contratar jovens, líderes do mundo dos negócios não estão apenas contratando funcionários menos experientes, mas também trabalhadores com uma visão diferente de mundo, com pontos fortes e fracos que precisam ser mapeados e entendidos. Com isso em mente, se as gerações X e Y trabalharem juntas para ajudar a alavancar os pontos fortes e melhorar os fracos, será possível erradicar a epidemia das “fake news” e a cultura do imediatismo antes que as gerações Z e Alpha cheguem ao mercado de trabalho.
1. Líderes devem promover uma cultura de veracidade, responsabilidade e sensatez
Em estados mais comprometidos e de maior fraqueza (depressão, ansiedade, raiva, vergonha etc.), qualquer um pode ser seduzido pelo impulso obscuro de espalhar e acreditar em rumores como uma maneira para libertar suas emoções, alcançar algum tipo de reivindicação mal sucedida ou desviar a atenção das pessoas. No ambiente de trabalho, essas práticas poluem o clima, danificam as relações e prejudicam o desempenho.
Isso torna o incentivo de uma cultura baseada em veracidade, responsabilidade e sensatez crucial para líderes do mundo dos negócios. Nessa cultura, as pessoas são gratas pela honestidade, transparência, trabalho duro, trabalho em equipe e o tipo de relacionamento que resulta dessas ações. Além disso, desenvolve-se a sabedoria necessária para lutar contra a tentação de mentirmos para nós mesmos e para outras pessoas sempre que encaramos circunstâncias e objetivos desafiadores.
Em um ambiente como esse, os profissionais também ficam mais propensos a desenvolver competências gerenciais essenciais, como checar o fato, obter provas, argumentar de maneira lógica e com bom senso, tudo relacionado com alta performance, valor da marca e lealdade do consumidor.